Na Assembleia, deputados e vereadores engrossam protesto contra reforma
Servidores da segurança pública de MS estão na casa de leis
Deputados estaduais de Mato Grosso do Sul e vereadores de Campo Grande endossaram o discurso de protesto contra a reforma Previdenciária, que ocorre nesta quarta-feira (15) na Assembleia Legislativa. Por lá, 400 servidores da segurança pública manifestam contra o projeto, que é discutido atualmente no Congresso.
Os protestantes querem o apoio da bancada federal para votar contra a reforma, pois defendem uma proposta diferenciada para policiais e agentes de segurança.
Conforme o deputado Pedro Kemp (PT), que afirma ter deixado de participar da votação dos projetos de hoje, para aderir ao movimento. Para ele, a reforma é uma ameaça aos trabalhadores. “Tanto os policiais quanto a sociedade civil devem pressionar os deputados federais e senadores de MS”.
Afirmou que policial com 65 anos não tem condição de “correr atrás de bandido”, assim como um professor não pode se aposentar somente com esta idade, “muitas vezes tendo que contribuir 49 anos”. “O deputado Marun (parlamentar federal, Carlos Marun (PMDB)) deve ouvir os trabalhadores, ao invés de visitar Eduardo Cunha na prisão”, disse.
Também participaram da manifestação os deputados Amarildo Cruz e João Grandão, ambos do PT, além dos vereadores Wellington de Oliveira (PSDB) e Odilon de Oliveira (PDT).
Delegado de polícia, o vereador Wellington lembrou que o policial corre risco de vida e insalubridade no serviço, portanto, não tem condição de se enquadrar na mesma regra. “É uma profissão de muito estresse, traumas psicológicos”. Segundo o parlamentar, um delegado tem média de vida de 62 anos, enquanto policial e investigador 54.
Na manifestação de hoje, o vereador carrega um saco com cal que, segundo ele, serve para jogar em cima do policial quando se aposentar aos 65 anos. “Pois ele estará morto. Esta é a resposta da Previdência”.