No rastro de Bolsonaro, parlamentares de MS anunciam a saída do PSL
Questões burocráticas também serão consideradas antes de pedidos de desfiliação serem apresentados
Os parlamentares do PSL de Mato Grosso do Sul vão se retirar do partido, assim como o presidente Jair Bolsonaro afiirmou, nesta segunda-feira (11). No entanto, o rumo a seguir ainda é incerto. Bolsonaro planeja a criação de nova sigla, porém, o PSL promete pedir na Justiça o mandato dos parlamentares.
Eleito pela primeira vez em 2018, o deputado estadual Renan Barbosa Contar é incisivo quanto ao posicionamento. “Eu sigo o líder”, afirmou referindo-se ao presidente. Porém, Contar ainda tem dúvidas de como deve proceder em relação ao pedido de desfiliação do partido. “Tem que respeitar a janela do partido e verificar a forma de fazer isso sem prejudicar a sigla”, afirmou. O deputado diz ainda não ter sido convocado para participar de qualquer reunião do PSL.
O deputado federal Luiz Ovando não comentou sobre qual serão os procedimentos para seguir o presidente e classificou o anúncio como coerente. “Penso em acompanhar o presidente Bolsonaro. Apoio a saída porque fica difícil comungar dos valores defendidos pelos bivarianos”, afirmou se referindo aos defensores do presidente nacional da sigla, Luciano Bivar.
Para o deputado, a decisão do presidente e a saída de parlamentares não devem acabar com o PSL, mas motivarão reorganização entre os membros. “É hora do Diretório Estadual ativar as ações partidárias juntamente com o deputado federal Luciano Bivar, presidente nacional do PSL”.
O deputado estadual Carlos Alberto David sinalizou que deve fazer parte do partido a ser criado pelo presidente. "O Bolsonaro deve lançar novo partido, que seja forte e garanta a sua governabilidade. Eu vou seguir ele, porque na política e na vida deve ter gratidão e lealdade. Temos uma relação de 10 anos, que começou no campo profissional, pois ele sempre defendeu as pautas dos militares e policiais".
Na semana passada, o deputado já havia manifestado desejo de deixar a sigla. O histórico de desavenças com os companheiros do PSL, especialmente a presidente do diretório estadual do partido, senadora Soraya Thronicke, já sinalizavam para o posicionamento.
Pela assessoria de imprensa, a presidente do diretório estadual do PSL, senadora Soraya Thronicke, afirmou que só irá se manifestar após a filiação do presidente ser confirmada.
A reportagem do Campo Grande News tentou contato com o deputado federal Loester Trutis, mas ele não se posicionou até o fechamento.
(Matéria alterada às 11h19 para acréscimo de informação)