Nomeado por Moro, superintendente da PF em MS diz que "segue trabalhando"
“Sigo trabalhando”. Esse foi o recado enviado aos jornalistas que procuraram na manhã desta sexta-feira (24) o superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Cléo Matusiak Mazzotti, que assumiu o cargo há um ano e quatro meses, na gestão do agora ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Moro anunciou que está deixando o cargo, inconformado com a troca do diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo. Homem de confiança do ex-juiz da Lava Jato, ao lado de quem atuou nas investigações, inclusive comandando a Polícia Federal do Paraná, o delegado foi exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro em publicação no Diário da União.
Desde ontem, segundo a imprensa nacional, Moro já havia dito que se a mudança fosse confirmada, não ficaria. Valeixo, citou Moro em entrevista coletiva, foi sua única indicação.
Foi o diretor quem definiu os nomes estaduais, que agora ficam em suspenso, com a saída dele.
Mazzoti, conhecido por atuar na Lama Asfáltica em Mato Grosso do Sul, investigando desvios de recursos públicos de governos estaduais desde 2015, assumiu o cargo de superintendente em janeiro de 2019, logo após o governo Bolsonaro começar.
Herdou a função de Luciano Flores, que por sua vez foi para o lugar de Maurício Valeixo, na chefia da PF do Paraná.
O delegado de Polícia Federal foi procurado pelo Campo Grande News nesta manhã e disse que, por ora, segue no cargo, e não fará comentários sobre a saída do diretor-geral da Corporação, nem do ministro da Justiça. Mazzoti também tem origem no Paraná,