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Política

Oposição tem votos suficientes para cassar Bernal, afirma Saraiva

Kleber Clajus | 03/01/2014 10:56
Saraiva aponta que mesmo nomeando indicados de vereadores, Bernal vai enfrentar oposição "mais firme e forte" em 2014 (Foto: Cleber Gellio / Arquivo)
Saraiva aponta que mesmo nomeando indicados de vereadores, Bernal vai enfrentar oposição "mais firme e forte" em 2014 (Foto: Cleber Gellio / Arquivo)

O líder da oposição na Câmara Municipal, vereador Airton Saraiva (DEM), assegura que há ao menos 23 votos não-aliados ao prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), que podem determinar sua queda ou permanência no cargo. Por outro lado, ele também aguarda o término do recesso do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que pode determinar a continuidade da sessão de julgamento do progressista, suspensa no dia 26 de dezembro.

“Vamos nos mexer depois do recesso para que o pleno do TJMS possa julgar o mérito e garantir tranquilidade na condução dos trabalhos para eles sejam encerrados. Temos votos suficientes na oposição, de ao menos 23 vereadores”, pontua Saraiva.

Para o democrata, Bernal “sentiu o peso” da pouca influência na Câmara e que esse problema não se resolve oferecendo cargos na administração. Em dezembro, Edson Shimabukuro (PTB) e Paulo Pedra (PDT) tiveram nomeações aceitas por Bernal para a direção da Agetran (Agência Municipal de Trânsito) e Emha (Empresa Municipal de Habitação), respectivamente. Outro que também fez indicação foi Jamal Salem (PR), para a diretoria do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência).

“Dois ou três vereadores não resolvem o problema administrativo. Bernal precisa fazer construção mais ampla, se quiser. Com esse susto (da cassação) ficou com a calça na mão e agora precisa alinhá-la”, afirma o líder da oposição.

Sobre uma suposta proximidade de Paulo Siufi (PMDB) em relação à base aliada do prefeito, Saraiva esclarece que o peemedebista não tem como voltar atrás porque “foi o mentor” do processo de investigação das denúncias de “fabricação de emergências”, sendo presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que embasou o pedido de cassação. Siufi, por sua vez, sempre admitiu o “sou oposição” para afastar essa possibilidade.

Ainda de acordo com o líder da oposição, a postura dos vereadores que integram o bloco de fiscalização deve ser “mais firme e forte” em 2014 e “não raivosa, mas com razão”.

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