ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 13º

Política

Para Famasul, projeto contemplou temas que afligiam produtores

Liderança ruralista considerou que lei do Pantanal trará segurança jurídica

Por Maristela Brunetto | 28/11/2023 12:16
Bertoni diz que texto contempla questões que afligiam produtor e traz segurança juridica (Foto: Marcos Maluf)
Bertoni diz que texto contempla questões que afligiam produtor e traz segurança juridica (Foto: Marcos Maluf)

Não se trata de um texto perfeito, mas o possível diante da necessidade de conciliar diferentes visões. A análise é do presidente da Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul), Marcelo Bertoni, para quem "o texto hoje ficou a contento; não ficou perfeito por ser impossível agradar a todos”, pontuou.

O projeto de lei entregue pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) à Assembleia Legislativa cria vedações, como expansão da agricultura no Bioma, pecuária de confinamento e limita manejo da vegetação das propriedades a 40% da área, também cria o Fundo Clima Pantanal, para preservação e compensação ao produtor que protege os recursos naturais e ajuda na retenção de carbono.

Ele também exige licenciamento para desmatamento superior a 500 hectares, trazendo parâmetros mais rigorosos que o decreto estadual de 2014 que regulamentava o tema. Por outro lado, o texto traz as possibilidades para a pecuária extensiva, prática consolidada no Bioma.

Os temas incluídos contemplam questão que afligiam os produtores, explicou Bertoni. Segundo ele, foi um avanço a compensação ambiental para quem preserva o meio ambiente. “No decreto anterior, já entregávamos a preservação e agora teremos uma retribuição por esse serviço prestado. Tudo isso traz segurança jurídica ao produtor rural."

Para Bertoni, a forma como houve o debate e conduziu à produção do texto apresentado hoje, reunindo poder público, pesquisadores, ambientalistas e produtores, demonstrou “maturidade para chegar a um consenso”.

A grande preocupação dos pecuaristas era com o manejo das pastagens. O texto aponta situações que terão proteção maior, mas a criação do gado solto é admitida até mesmo em regiões de reserva, desde que não represente dano ambiental. Bertoni destacou que não é possível valorizar somente a preservação do Pantanal, "mas sim no tripé ambiental, social e econômico. O homem pantaneiro precisa estar lá para continuar fazendo a preservação. Temos 84% do bioma preservado há quase 300 anos”, analisou.

O texto passa pela análise de deputados esta tarde e amanhã, a partir de 14h, a Assembleia fará uma audiência pública para exposição e debate do texto.

Nos siga no Google Notícias