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Política

Pecuarista e empresário de MS, amigo de Lula, é preso na Lava Jato

Antonio Marques | 24/11/2015 07:25
José Carlos Bumlai é preso em Brasília na 21ª fase da Operação Lava Jato (Foto: Reprodução/Facebook)
José Carlos Bumlai é preso em Brasília na 21ª fase da Operação Lava Jato (Foto: Reprodução/Facebook)

A Polícia Federal iniciou na manhã de hoje a 21ª fase da Operação Lava Jato. O pecuarista e empresário sul-mato-grossense José Carlos Bumlai foi preso em um hotel, em Brasília, onde aguardava para depor na CPI do BNDES na Câmara dos Deputados.

Amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele foi citado por delatores da Operação Lava Jato como tendo intermediado reuniões de Lula com empresários. O delator Fernando Soares, o Fernando Baiano, disse que Bumlai seria uma espécie de lobista na Sete Brasil, empresa que administra o aluguel de sondas para a Petrobrás no pré-sal.

A convocação de Bumlai, aprovada pela CPI no último dia 12, foi proposta por cinco deputados, entre eles Arnaldo Jordy (PPS-PA). Em seu requerimento, ele cita notícia veiculada pela imprensa sobre um empréstimo supostamente irregular feito pelo BNDES a Bumlai para a construção da Usina São Fernando, em Dourados. Essa usina estaria próxima da falência. A dívida de Bumlai com os bancos seria de R$ 1,2 bilhão, dos quais R$ 300 milhões seriam do BNDES e R$ 81 milhões do Banco do Brasil.

A reunião da CPI do BNDES está marcada para hoje às 14h30, em local a ser definido na ala das comissões na Câmara dos Deputados.

A Polícia Federal está fazendo diligências em São Paulo (SP), Lins (SP), Piracicaba (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e em Campo Grande e Dourados (MS). Em Dourados os policiais estão na empresa de Buimlai, a Usina São Fernando.

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