Pela 1ª vez na disputa, Beto Figueiró quer levar "valores" ao Senado
Advogado também aposta na ficha limpa e na luta contra o uso do congresso como isenção parlamentar, por parte de criminosos
Candidato ao cargo de senador pela primeira vez, o advogado Beto Figueiró (Podemos) aposta no que classifica como "valores", na ficha limpa e na luta contra o uso do congresso como isenção parlamentar, por parte de criminosos. Figueiró pontua que é necessário definir valores, quando se trata de um cargo de congressista e para isso, defende a propriedade privada, a família "ortodoxa", tecnologia na segurança da fronteira e “ponta-pé” na educação desde a preconcepção da criança.
“Tenho meus valores: a defesa intransigente da propriedade privada, porque hoje existe a chamada “função social da propriedade”, que é uma forma de análise subjetiva da propriedade, e isso tem que acabar".
Exército, PF e tecnologia – Para a segurança na fronteira, o candidato acredita que não se pode deixar de lado o uso da tecnologia, com a implantação imediata do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) em todo o Estado.
“Há de haver a integração do Exército, Polícia Federal e a operacionalidade do Sisfron, projeto já licitado e contratado, mas com previsão de lançamento para 2032. O Sistema já está implantado em algumas áreas, mas precisamos de operacionalidade. Não podemos aguardar porque até lá muita droga e armamento já entrou no Brasil”, garante.
Conflito Agrário – Para o candidato, proprietário de terra é quem tem escritura e “dar terra” a índios não é solução. “Acho um absurdo, a tentativa de desestabilização do campo através do conflito indígena. Acho que o Brasil possui uma dívida impagável com os negros e os índios, só que isso se resolve através de uma educação verdadeira para toda a sociedade com ênfase para essas parcelas da população não se resolve discutindo a propriedade da terra. O proprietário da terra é quem está no cartório. Dar a terra para os índios não é solução”, disse.
O advogado defende que a educação começa antes da gestação, pois, para ele, a mãe necessita de uma “limpeza interior”. Um dos pontos que defende é a educação militarizada educação militarizada "a partir dos 6 anos".
“Parafraseando Darcy Ribeiro, a educação não é prioridade, é causa. Só através da educação conseguimos diminuir a desigualdade. Porque quando se tem educação podemos permitir que o filho do pobre sonhe como o filho o rico", pontua.
"Só que essa atuação, na educação estatal, tem que começar na preconcepção da criança. As adolescentes precisam de um olhar generoso e de muito amor, antes de gerar uma vida. Elas precisam de uma limpeza de matriz, que se consegue através de terapias vivenciais, como a regressão, a constelação familiar e renascimento, mudança de alimentação e orientação de princípios morais, sociais e espirituais. Depois disso, defendo a educação Pedagogia Waldorf até os 6 anos e partir dessa idade a educação militarizada”, explicou.
Figueiró é candidato na coligação liderada pelo PDT, do candidato ao governo Odilon de Oliveira. Ele foi a segunda opção, depois da desistência do pecuarista Francisco Maia, que estava indicado para concorrer ao cargo.
"Eu poderia estar em Miami ou em Portugal, mas entrei na política por ideal. Vou perder dinheiro, amigos, mas eu tenho três filhas e é preciso ter um homem para lutar contra essa cambada de bandido”, disse.
Contra criminosos – O candidato pontua “a preocupação com o próprio umbigo” de alguns políticos e o desejo de ocupar cadeira para imunidade parlamentar. Beto Figueiró pontua que não precisa da política, mas decidiu de candidatar para fazer a mudança.
“[...] O que preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons [...] Hoje lamentavelmente no caso do Senado, a luta pela cadeira é uma luta motivada por uma estratégia criminal de defesa. O que alguns políticos estão perseguindo não é a cadeira no senado, mas a isenção que o cargo permite. Estou na luta contra criminosos que querem usar o senado para obter imunidade parlamentar. Hoje dois condenados disputam vagas no senado. Não tenho medo de nada, não preciso de política. Eu poderia estar em Miami ou em Portugal, mas entrei na política por ideal. Vou perder dinheiro, amigos, mas eu tenho três filhas e é preciso de um homem para lutar contra essa cambada de bandido”, disse.
Saúde – Mesmo diante do caos na saúde nacional, o candidato acredita em exemplos que deram certo. “Temos o Doria (João Doria, ex-prefeito de São Paulo), por exemplo, que pegou estruturas ociosas que tinham na rede privada e zerou em três meses uma demanda paulista. Isso demonstra que quando o político quer fazer, consegue. Não que eu seja partidário do Doria, mas estou dando um exemplo de que dá para fazer”, disse.