PMDB vai ouvir advogados de André antes de decidir sobre convenção
O PMDB vai ouvir o advogado de André Puccinelli, Renê Siufi, sobre os aspectos jurídicos da prisão do ex-governador antes de decidir se mantém a convenção agendada para sábado (18). A informação foi passada pelo atual presidente da legenda, deputado estadual Junior Mochi.
Segundo ele, dirigentes do partido se reúnem amanhã para avaliar a viabilidade do encontro, já que Puccinelli assumiria a executiva.
Mochi não quis dar a opinião dele sobre o possível adiamento. “Todo esse cenário, nós resolvemos decidir em conjunto, com todos os membros. O advogado do André vai trazer erra orientação para que nós possamos formar um juízo”, disse ao Campo Grande News.
Já a respeito da operação Papiros de Lama, que deteve Puccinelli e outras três pessoas, incluindo o filho dele nessa terça-feira (14), o deputado estadual afirma que o momento requer cautela.
“Tudo o que eu ouvi por parte das pessoas é aquilo que está estampado na imprensa. A prisão preventiva tem condicionantes previstas em lei para ser determinada. Não vejo que elas estavam presentes, mas é uma questão muito técnica, fica difícil emitir uma opinião isolada. Penso que o momento seja de cautela, de avaliar, conhecer os fatos com profundidade”, pontua.
Prisão - As investigações da Polícia Federal apontam R$ 235 milhões em desvios e que o ex-governador era quem comandava o esquema de recebimento de propinas, cujo operador era Ivanildo Miranda, pecuarista que delatou Puccinelli à Justiça.
Puccinelli e o filho, Jodascil Gonçalves Lopes e João Paulo Calves foram presos de forma preventiva, que é a detenção que dura por tempo indeterminado. Ontem à tarde, em audiência de custódia, a Justiça Federal determinou a continuidade das prisões.
Conforme o advogado que defende Jodascil e João Paulo, André Borges, ainda está sendo avaliado se o pedido de revogação da prisão de seus clientes será direto na Justiça Federal ou no TRF (Tribunal Regional Federal), instância superior.
O advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, que também representa Puccinelli, entrou com habeas corpus para revogar a prisão do ex-governador e de André Puccinelli Júnior. O pedido foi protocolado no TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, instância superior à Justiça Federal, que determinou as prisões preventivas dos dois.
Conforme consta no processo do Tribunal Regional, o responsável por analisar o habeas corpus será o desembargador Paulo Fontes. O pedido foi anexado no fim da tarde de terça-feira.
Os Puccinelli passaram a noite na cela 17 do Centro de Triagem, que já “hospedou” presos conhecidos, como o procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla, o ex-deputado federal Edson Giroto (preso justamente em fase anterior da Operação Lama Asfáltica), o ex-prefeito Gilmar Olarte e o empresário João Amorim.