Puccinelli e filho passam a noite na cela 17, que já recebeu outros políticos
Outros dois advogados detidos na operação estão no Presídio Militar, conforme defesa
O ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), e o filho André Puccinelli Júnior, estão na cela 17 no Centro de Triagem, no Jardim Noroeste, em Campo Grande. Eles dividem a cela com outros 20 presos.
A cela é famosa por já ter abrigado presos conhecidos, como o procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla e o ex-deputado federal, Edson Giroto, que foi preso justamente na Operação Lama Asfáltica. O ex-prefeito Gilmar Olarte, e o empresário João Amorim, que foi conduzido coercitivamente ontem para depoimento, na mesma operação que prendeu André Puccinelli.
Já os outros dois presos - Jodascil Gonçalves Lopes e João Paulo Calves - continuam em celas no Presídio Militar. Os dois têm prerrogativa de local separado por se tratarem de advogados.
Puccinelli Júnior, que também é advogado, abdicou do benefício para ficar ao ladod o pai.
Conforme o advogado que defende Jodascil e João Paulo, André Borges, ainda está sendo avaliado se o pedido de revogação da prisão de seus clientes será direto na Justiça Federal ou no TRF (Tribunal Regional Federal), instância superior.
A prisão dos dois advogados é temporária, portanto, tem duração de cinco dias, que vence no sábado (18), se a Justiça não prorrogar por igual período.
Os quatro foram presos nos desdobramentos da 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, chamada de Papiros de Lama, deflagrada na terça-feira (14). As investigações apontam R$ 235 em desvios e que o ex-governador era quem comandava o esquema de recebimento de propinas, cujo operador era Ivanildo Miranda, pecuarista que delatou Puccinelli à Justiça.
Puccinelli e o filho foram presos de forma preventiva, que é a detenção sem prazo determinado. Ontem à tarde, em audiência de custódia, a Justiça Federal determinou a continuidade das prisões.