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Cidades

Prisão de Puccinelli foi decretara por juiz da 3ª Vara, que era de Odilon

Anahi Zurutuza e Marta Ferreira | 14/11/2017 11:08
Sede da Justiça Federal de Campo Grande (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Sede da Justiça Federal de Campo Grande (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

A prisão do ex-governador André Puccinelli (PMDB), do filho dele André Puccinelli Júnior, e dos advogados Jodascil Gonçalves Lopes e João Paulo Calves foi decretada por juiz Ney Gustavo Paes de Andrade. Ele está trabalhando como substituto na 3ª Vara Criminal de Campo Grande, que há um mês e meio tinha Odilon de Oliveira como titular. 

Odilon se aposentou no dia 5 de outubro e a cerimônia de filiação dele ao PDT (Partido Democrático Trabalhistas) aconteceu neste sábado (11), quando também foi anunciada a pré-candidatura dele ao Governo do Estado. 

Puccinelli também era cotado para disputar o Executivo estadual pelo PMDB. A convenção para a troca de comando do Partido do Movimento Democrático Brasileiro está marcada para este sábado (18).

Além das prisões, a Justiça decretou seis mandados de condução coercitiva. A reportagem conseguiu os nomes de quatro pessoas que foram levadas para depor na sede da PF (Polícia Federal) nesta 5ª fase da Lama Asfáltica, batizada de Papiros de Lama: André Luiz Cance, João Maurício Cance, João Baird e João Alberto Krampe Amorim dos Santos. 

Na 4ª fase da Lama Asfáltica, batizada de Máquinas de Lama e deflagrada no dia 11 de maio, as prisões e medidas coercitivas diversas da prisão que foram decretadas contra André Puccinelli também saíram da 3ª Vara. Odilon estava de férias quando a juíza Monique Machioli Leite tomou a decisão.

O ex-governador teve de usar tornozeleira eletrônica por alguns dias e pagar R$ 1 milhão de fiança.

Carro que transportou Puccinelli até a sede da PF (Foto: Marcos Ermínio)
Carro que transportou Puccinelli até a sede da PF (Foto: Marcos Ermínio)

Operação – Policiais federais chegaram por volta das 6h à casa do ex-chefe do Executivo estadual.

Conforme a PF, a operação tem como alvo uma organização criminosa que teria causado R$ 235 milhões em prejuízos aos cofres públicos.

Ainda segundo a Polícia Federal, 24 mandados de busca e apreensão, além do sequestro no valor de R$ 160 milhões das contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas também foram autorizados pela Justiça.

As medidas estão sendo cumpridas em Campo Grande, Nioaque, Aquidauana e São Paulo (SP), com a participação de mais de 300 policiais federais, servidores da CGU (Controladoria Geral da União) e servidores da Receita Federal.

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