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Cidades

OAB apura conduta de advogados presos na operação Papiros de Lama

A 5ª fase da Operação é resultado de delação premiada de Ivanildo da Cunha Miranda

Guilherme Henri | 14/11/2017 14:15
André Puccinelli Junior sendo levado por policiais federais (Foto: Bruna Kaspary)
André Puccinelli Junior sendo levado por policiais federais (Foto: Bruna Kaspary)

A OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul) apura se houve eventual violação ética na atuação dos advogados que foram presos na 5ª fase da operação Lama Asfáltica, chamada Papiros de Lama.

Na ação os advogados André Puccinelli Júnior, Jodascil Gonçalves Lopes e João Paulo Calves foram presos e apontados pela Polícia Federal de integrarem uma organização criminosa que teria causado R$ 235 milhões em prejuízos aos cofres públicos.

Por meio de nota, a OAB disse que acompanha a operação desde a manhã devido o envolvimento de advogados, segundo informações da Polícia Federal. Além disso, a OAB já constituiu um grupo de trabalho para acompanhar as investigações da operação Lama Asfáltica.

De acordo com o Vice-Presidente da OAB/MS, Gervásio Alves de Oliveira Júnior, a Ordem participa por meio da Comissão de Defesa das Prerrogativas no acompanhamento das investigações.

“O objetivo da OAB garantir a preservação do Estado Democrático de Direito, para que se respeite o sigilo profissional e as prerrogativas do advogado. Além disso, a OAB verifica eventual violação ética na atuação dos advogados em decorrência da própria investigação, que nem sempre o procedimento policial induz”, diz.

Operação – A 5ª fase da Operação é resultado de delação premiada de Ivanildo da Cunha Miranda, empresário e pecuarista operador do esquema de propina. Segundo a PF, o ex-governo do Estado André Puccinelli tinha “papel central” na organização investigada.

Além das prisões, a Justiça decretou seis mandados de condução coercitiva: André Luiz Cance, Antônio Cortez, João Maurício Cance, João Baird, João Alberto Krampe Amorim dos Santos e Mirched Jafar Jr.

As medidas são cumpridas em Campo Grande, Nioaque, Aquidauana e São Paulo (SP), com a participação de mais de 300 policiais federais, servidores da CGU (Controladoria Geral da União) e servidores da Receita Federal.

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