Defesa vai ao TRF para tentar revogar prisões de Puccinelli e do filho
Implicados na 5ª fase da investigação, ambos tiveram prisão preventiva decretada ontem
O advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira entrou com habeas corpus para revogar a prisão do ex-governador André Puccinelli (PMDB) e seu filho, André Puccinelli Júnior. O pedido foi protocolado no TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, instância superior à Justiça Federal, que determinou as prisões preventivas dos dois.
Antonio já atuou na defesa do presidente da República, Michel Temer (PMDB). Criminalista, o advogado foi um dos cotados para assumir o Ministério da Justiça em fevereiro deste ano.
Conforme consta no processo do Tribunal Regional, o responsável por analisar o habeas corpus será o desembargador Paulo Fontes. O pedido foi anexado no fim da tarde de terça-feira (14), quando a 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, a Papiros de Lama, foi deflagrada predendo o ex-governador, o filho e os advogados Jodascil Gonçalves Lopes e João Paulo Calves.
Após visita no Centro de Triagem, em Campo Grande, nesta manhã, o advogado que também atua na defesa de André Puccinelli, Renê Siufi, disse que iria entrar com um pedido de revogação da prisão amanhã.
À imprensa, reforçou que não há necessidade da prisão de Puccinelli. "Quem consegue por R$ 10 milhões em uma caixa de isopor? Tem que ter provas".
O advogado se refere à colaboração premiada de Ivanildo da Cunha Miranda - que resultou na 5ª fase da investigação. Em um dos depoimentos à Procuradoria da República, o pecuarista afirma que levou R$ 10 milhões a título de propina paga pela JBS em uma caixa de isopor entregue diretamente ao ex-governador.
Outros R$ 10 milhões que Ivanildo afirma ter repassado teria sido por meio de doação oficial em 2012.