Por 25 votos contra um, Câmara rejeita segundo pedido para cassar Bernal
Por 25 votos contra um, a Câmara Municipal derrubou, nesta terça-feira (24), o segundo pedido para cassar o prefeito Alcides Bernal (PP). O requerimento partiu do presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais), Marcos Tabosa. Ele acusa o prefeito de apropriação indébita de cerca de R$ 700 mil da entidade, referentes ao imposto sindical e a mensalidade paga pelos servidores municipais.
A maioria dos vereadores acompanhou o parecer da procuradoria jurídica da Câmara, que entendeu que o pedido perdeu a base, após a prefeitura informar, por meio de ofício, ter depositado em juízo o dinheiro do sindicato. “Vou votar a favor por não ter segurança no depósito e por acreditar no Sisem”, justificou o vereador Paulo Siufi (PMDB), único que acompanhou o pedido de Tabosa.
Esta, inclusive, é a segunda solicitação do presidente do sindicato. Na primeira ocasião, a proposta de cassação foi vetada porque ele apresentou o pedido em nome da entidade. Dessa vez, ele seguiu a legislação e fez o requerimento como pessoa física, mas esbarrou na falta de mérito. “O processo de cassação pode perder o foco, já que a prefeitura informou o depósito em juízo”, entendeu a procuradoria jurídica da Câmara.
Polêmica – Antes de passar pelo aval dos parlamentares, o pedido de cassação gerou polêmica, após a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) informar que “a peça não chegou ao meu gabinete”. Neste sentido, ela pediu para adiar a votação.
Líder do prefeito na Câmara, o vereador Alex do PT fez coro à reivindicação. “Defendo uma discussão mais ampla e adiar a votação para quinta-feira (26)”, defendeu. Os vereadores Paulo Pedra (PDT) e Eduardo Romero (PTdoB) reforçaram o pedido, mas o presidente do Legislativo, vereador Mário César (PMDB), manteve o requerimento, apresentado na segunda-feira passada (16) por Tabosa, na pauta.