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Política

Prefeito diz que Flávio César não tem discernimento para julgar remanejamento

Jéssica Benitez | 17/05/2013 14:59

Mais uma vez o vereador Flávio César (PTdoB) foi alvo de críticas por parte do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). O progressista, que guarda mágoa de Flávio por ele ter sido líder do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB), voltou a dizer que o parlamentar não tem discernimento suficiente para diferenciar “suplementação” de “remanejamento” de verba.

O rancor do chefe do Executivo em relação ao vereador aumentou nos últimos dias, após Flávio, vice-presidente da Comissão Permanente de Finanças e Orçamento, auxiliar a pasta a elaborar um relatório pedindo punição a Bernal por atos de remanejamentos orçamentários de mais de R$ 50 milhões, os quais foram considerados ilegais.

“Flávio César é um sujeito que não conseguiu discernir o que é remanejamento e o que é suplementação, mas faz questão de nas entrevistas querer dizer que a população vai ter a sua decisão notificada, ou seja, afirma que é possível cassar o mandato do prefeito”, esbravejou o progressista.

O documento foi confeccionado com base no que foi colhido durante oitiva dos secretários Wanderlei Ben Hur (Planejamento, Finanças e Controle) e Gustavo Freire (Receita e Governo) e, na hipótese de o TCE (Tribunal de Contas do Estado) julgar procedente a denúncia feita pela comissão, há possibilidade de abertura de processo de “cassação” contra Bernal.

Teoria da conspiração - Na avaliação do progressista, o relatório não passa de mais uma jogada da oposição para tentar tirá-lo do poder. O gestor tem absoluta certeza de que o PMDB, partido que perdeu a eleição municipal do ano passado, está por trás da medida.“Ouviram os dois secretários e interpretaram distorcendo-os. A gente sabe que é para satisfazer o grupo que perdeu para o povo nas urnas e que agora está chorando pelo leite derramando”, concluiu.

Embora garanta não ter medo de perder o comando da Capital, o prefeito tem feito o que pode para tentar invalidar o tal relatório. Na semana passada, mesmo estando em Brasília, ele determinou que seu líder na Casa de Leis, vereador Marcos Alex (PT), fizesse manobra para impedir a ida do documento para o TCE.

O petista cumpriu a ordem e apresentou requerimento ao presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), visando sustar o envio do documento. O movimento, porém, não conseguiu atingir o objetivo da base e apenas um “anexo” foi acrescentado ao relatório contendo as observações dos aliados de Bernal.

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