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Política

Prefeito diz que vai aguardar parecer jurídico, mas não descarta reajuste zero

Antonio Marques | 12/05/2016 17:32
O prefeito Alcides Bernal disse que vai aguardar parecer da procuradoria geral sobre o projeto de reajuste de 9,57% aos servidores, aprovado hoje na Câmara (Foto: Fernando Antunes)
O prefeito Alcides Bernal disse que vai aguardar parecer da procuradoria geral sobre o projeto de reajuste de 9,57% aos servidores, aprovado hoje na Câmara (Foto: Fernando Antunes)

O prefeito Alcides Bernal (PP) disse na tarde de hoje, 12, durante evento na Vila Popular, que vai aguardar um parecer da Procuradoria Geral do Município sobre o projeto de lei aprovado pelos vereadores mais cedo, concedendo reajuste linear de 9,57% aos servidores municipais, mas não descartou a possibilidade de o funcionalismo ficar sem reposição.

Bernal demonstrou surpresa com a decisão dos parlamentares. “Eles deveriam ter feito isso antes do dia 5 de abril quando a lei permitia. Eu já estaria aplicando o índice aos servidores”, lamentou ele, acrescentando que a lei municipal não pode desrespeitar a legislação federal. “Ela já nasce com vício na origem, pois o legislativo não criar gasto para o Executivo”, explicou o prefeito.

Para Bernal, o projeto aprovado não é solução, “é criar problemas e dificultar as coisas. É preciso parar com isso”, comentou ele, dizendo ainda que a decisão dos vereadores provoca prejuízos aos 22 mil servidores e a Campo Grande. Ao ser questionado se o índice aprovado não era o mesmo que ele teria encaminhado no início de abril, Bernal reconheceu que sim, mas lembrou que os parlamentares o rejeitou, “como fizeram agora com os 3,31% que enviei, depois de negociar com os servidores. Por quê eles não aprovaram quando a lei permitia”, questionou.

Mais cedo, ainda na sessão na Câmara Municipal, o presidente da Casa, vereador João Rocha, declarou que o prefeito deveria ir a imprensa agradecer aos vereadores por ter aprovado o projeto com o índice que ele havia solicitado no início de abril. “Respeitamos a solicitação do prefeito e fizemos aquilo que ele pediu”, afirmou.

O prefeito reiterou que vai aguardar o parecer jurídico da Procuradoria Geral do Município. “Se a procuradoria disser que pode, vamos fazer. Se disser que não pode, com muita dor no coração não vamos poder fazer”, declarou Bernal.

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