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Política

Presidenciáveis têm DNA de MS em suas campanhas

Bolsonaro e Lula contam com reforço feminino de senadoras do Estado

Jéssica Benitez | 21/10/2022 10:16
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

A pouco mais de uma semana para eleição que deve decidir quem comandará o Brasil pelos próximos quatro anos, a visita dos presidenciáveis a Mato Grosso do Sul já foi descartada. No entanto, mesmo sem a presença física de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a digital sul-mato-grossense está estampada nas campanhas, pelas mãos da deputada federal Tereza Cristina (PP) e da senadora Simone Tebet (MDB).

Figuras carimbadas na ponte aérea Campo Grande-Brasília, as parlamentares alçaram voos maiores e percorrem o Brasil em busca de votos aos seus candidatos. Tereza Cristina, que foi ministra da Agricultura, se dedica à reeleição de Bolsonaro desde o primeiro turno, quando também usou o peso do mandatário em sua própria caminhada eleitoral.

E a estratégia deu certo. No último dia 2, quando ocorreu a votação do primeiro turno, ela foi eleita senadora com 829.149 votos e deve ocupar cadeira deixada por Tebet no Senado a partir de março do ano que vem. Agora tem caminhado pelo país cumprindo agenda junto à primeira-dama Michelle Bolsonaro e a também senadora eleita e ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos).

Em um de seus diários de bordo feitos nas redes sociais, a ex-titular da Agricultura confessou estar cansada pela demanda física de agendas, porém não titubeou a continuar a andança levando o movimento “mulheres com Bolsonaro” Brasil afora.

Simone Tebet, por sua vez, foi candidata à Presidência da República no primeiro turno e, embora tenha obtido votação irrisória se comparada aos números alcançados por Lula e Bolsonaro, ganhou notoriedade nacional nos debates e programas de entrevista. Tanto que iniciou quase inexistente nas pesquisas de intenção de votos e acabou em terceiro lugar nas urnas à frente de Ciro Gomes (PDT) nome conhecido quando o assunto é eleição presidencial.

"Daqui para frente, as mulheres brasileiras não serão mais eco, serão vozes na política brasileira. Não queremos mais ser coadjuvantes, queremos ser protagonistas", disse logo após a apuração dos votos.

No dia seguinte anunciou que não ficaria neutra no segundo turno e na mesma semana anunciou apoio a Lula com a condição de que a campanha do petista absorvesse algumas de suas propostas de governo como premiar com R$ 5 mil alunos que concluem o ensino médio.

Nos últimos 20 dias tem também viajado pelo Brasil em busca de votos ao projeto do Partido dos Trabalhadores, fato que abriu portas para que ela transitasse nos mais ecléticos ambientes desde visitas a comunidades e jantares com empresários à nata da Música Popular Brasileira como mostrou em seu Instagram encontro com a Marisa Monte e Caetano Veloso.

Aliás, de julho para cá a popularidade de Simone a fez subir de 160 mil seguidores na mencionada rede social aos atuais 1,2 milhão. Pode parecer inofensivo, mas diante da digitalização das campanhas eleitorais, o crescimento nas plataformas significa notoriedade.

Governo – Tamanha dedicação aos presidenciáveis não deve ficar somente no mero agradecimento. Seja qual for o eleito, o nome de uma das sul-mato-grossenses seguirá nos holofotes.

Durante campanha para senadora, Tereza Cristina se comprometeu com o eleitorado a não deixar o mandato para assumir novamente o ministério da Agricultura numa eventual vitória de Bolsonaro. No entanto papel de liderança pode migrar ao Congresso Nacional. Nos bastidores a informação ventilada é a de que a nova senadora quer a presidência da Casa e terá apoio de Bolsonaro para fazê-lo.

Nos meios petisteas, Simone está cotada para ocupar a pasta deixada por Tereza Cristina. Mas, também nos bastidores, o desejo da senadora que está findando seus oito anos de mandato é assumir a Educação.

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