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Política

Protesto contra e a favor demarcação tumultua evento com a presidente

Francisco Júnior | 29/04/2013 11:34
Dilma vê manifestação contra e a favor demarcação de terras indígenas (Foto: João Carrigó)
Dilma vê manifestação contra e a favor demarcação de terras indígenas (Foto: João Carrigó)

Um tumulto provocado por manifestantes pro e contra demarcações se formou durante a solenidade com a presidente Dilma Rousseff nesta manhã (29), no Jóquei Clube de Campo Grande.

Próximo ao palco, um grupo gritava “demarcação sim”, enquanto que o grupo contrário gritava “demarcação não”.

O constrangimento foi grande a ponto do governador André Puccinelli chamar a atenção dos manifestantes. “Em respeito a nossa presidente nenhum dos lados se manifeste”, disse o governador no microfone.

Ele foi aplaudido. Também houve vaias. Mesmo assim, os manifestantes de ambos os lados continuaram gritando palavras de ordem.

Índios e produtores rurais acompanham de perto a solenidade. Desde que a Funai (Fundação Nacional do Índio) publicou as portarias para as demarcações de terras em indígenas em 2008, conflitos entre índios e produtores foram registrados no Estado.

O mais recente terminou com a morte do produtor rural e policial militar aposentado Arnaldo Alves Ferreira, de 68 anos. O crime aconteceu em Douradina.

O produtor Arnaldo era dono de um sítio que faz divisa com a aldeia e, conforme a Polícia, os indígenas cortavam com frequência as cercas da propriedade e em conseqüência disso o gado fugia.

Segundo a Polícia, a vítima por diversas vezes tentou dialogar com os indígenas, mas sem sucesso. No início da semana passada o PM e os indígenas se desentenderam mais uma vez, resultando na morte do aposentado.

Outra morte registrada nesse ano por conta do impasse, aconteceu em Caarapó, na fazenda Santa Helena. O adolescente indígena Denilson Barbosa, de 15 anos, foi assassinado pelo dono da fazenda, Orlandino Carneiro Gonçalves.

Após o assassinato, cerca de 300 indígenas enterraram o corpo de Denilson no local e passaram a ocupar a Fazenda. Eles a reivindicam como parte do seu antigo território tradicional Pindo Roky.

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