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Política

PSDB busca consenso, mas Reinaldo é “carta na mão”, diz Sérgio de Paula

Nome do governador é a terceira via para evitar a disputa interna dentro da legenda em MS

Leonardo Rocha | 14/03/2019 12:40
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) pode ser o nome de consenso do partido (Foto: Chico Ribeiro - Assessoria)
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) pode ser o nome de consenso do partido (Foto: Chico Ribeiro - Assessoria)

A direção do PSDB ainda busca consenso entre os deputados Beto Pereira e Rose Modesto, para definir o comando estadual da legenda, no entanto para evitar uma disputa interna, os tucanos já trabalham com uma terceira via, que seria o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Esta informação foi confirmada por Sérgio de Paula, tesoureiro do partido e secretário especial de articulação política do Governo. Ele ponderou que o nome de Azambuja é uma “carta na manga” do partido, para evitar que a disputa possa trazer conflito entre os filiados e grupos dentro da legenda.

O nome de Reinaldo surge como “consenso”, por ser a maior liderança política do PSDB em Mato Grosso do Sul. Desta forma os dois lados irão abrir mão do confronto, em nome da “unidade” do partido, que precisa começar a planejar as eleições municipais de 2020, com o objetivo de ampliar o número de prefeitos e vereadores.

A eleição estadual do PSDB deve ocorrer entre 12 e 15 de abril, logo após terminar a formação dos diretórios municipais. O atual presidente da legenda, Beto Pereira, assumiu a função em novembro de 2017, tendo a intenção de buscar a reeleição, mas esbarrou também no nome de Rose Modesto, que também vislumbra o comando da sigla. Apesar da disputa, os dois também defendem um “consenso”, já que é uma tradição do PSDB, escolher um nome e não ir para os votos.

Os deputados tucanos disseram que o nome de Azambuja traria "unidade" a legenda, e evitaria uma disputa de votos na eleição regional. "É a maior liderança do partido, então encerra qualquer discussão, acredito que os dois deputados (Beto e Rose) aceitariam a decisão", disse Marçal Filho.

Mesma posição de Felipe Orro (PSDB), que também entende que com Reinaldo, o partido fecharia a questão, sendo nome de consenso dos filiados. "Ele teria mais uma função para exercer, além de comandar o governo estadual, mas pode delegar tarefas e ficar a frente do partido", avaliou. 

Deputados federais do PSDB, Rose Modesto e Beto Pereira (Foto: André Maganha - Assessoria)
Deputados federais do PSDB, Rose Modesto e Beto Pereira (Foto: André Maganha - Assessoria)

Domínio – O PSDB teve um bom desempenho nas últimas eleições municipais, elegendo 36 prefeitos e 165 vereadores em Campo Grande. Estando no comando de cidades importantes, como Três Lagoas e Corumbá. Este aumento de espaço, seguiu a chegada ao governo estadual, em 2014, com Reinaldo Azambuja (PSDB).

Os bons resultados continuaram na eleição de 2018, tanto que os tucanos elegeram dois deputados federais e cinco estaduais, tendo a maior bancada da Assembleia, além da reeleição de Azambuja, descrito pelo partido, como a prioridade do pleito eleitoral.

Os tucanos também têm a maior bancada na Câmara Municipal de Campo Grande, com cinco vereadores: Welligton Oliveira, Antônio Cruz, Lívio Viana, José Cesar Matto Grosso e João Rocha.

Além da presença nos legislativos, o partido ainda tem o comando das Casa de Leis, com João Rocha a frente da Câmara Municipal e do deputado Paulo Corrêa (PSDB), na função de presidente da Assembleia Legislativa.

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