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Política

Puccinelli diz que Temer mantém cautela para não sair como Judas

Leonardo Rocha | 04/03/2016 11:56
André Puccinelli concedeu entrevista em frente a direção do PMDB, na visita de Michel Temer (Foto: Fernando Antunes)
André Puccinelli concedeu entrevista em frente a direção do PMDB, na visita de Michel Temer (Foto: Fernando Antunes)
Temer não conversou com a imprensa, mas disse aos peemedebistas que não queria falar sobre o assunto da delação (Foto: Fernando Antunes)
Temer não conversou com a imprensa, mas disse aos peemedebistas que não queria falar sobre o assunto da delação (Foto: Fernando Antunes)

O ex-governador André Puccinelli (PMDB) confidenciou que o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), resolveu adotar uma posição de cautela neste momento, para não interferir em ações do mercado e não sair como "Judas", já que ainda faz parte do governo Dilma Rousseff (PT).

Temer não quis falar com a imprensa durante a sua agenda em Campo Grande, quando participou de evento do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e depois de uma reunião na direção estadual do PMDB. "Ele prefere esta atitude cautelosa, tem experiência, além disto ainda faz parte do Governo (Federal), não quer ser considerado um Judas", disse Puccinelli.

André ainda revelou que Temer garantiu que "quando o País quiser, o PMDB estará ao lado do Brasil e não de pessoas". O presidente estadual do PMDB, o deputado Junior Mochi, ainda contou que o vice-presidente confidenciou que pela situação delicada que o país vive, em função dos últimos acontecimentos, ele preferiu ser abster de falar sobre o assunto, para não gerar repercussão nacional.

"Ele nos disse que como vice-presidente o que ele falasse aqui poderia ter muita repercussão, por isso só falaria sobre o PMDB, até pediu para que nós não tocássemos neste assunto durante o evento", disse Mochi, no final da reunião do PMDB.

Delação - O ex-governador André Puccinelli disse que ficou perplexo com os novos fatos, pois se for verdade será uma "catástrofe", já que segundo ele, terá um impacto muito grande, tanto na economia, como no futuro do Governo. "Não quero acreditar como cristão e cidadão, Deus queira que não seja verdade, pois senão cai a República".

Ele ainda lembrou que o PMDB de Mato Grosso do Sul não tem cargos federais e que os senadores daqui são independentes no Congresso Nacional. "Se trata de uma vergonha para o Brasil e o Michel (Temer) está preparado se precisar assumir a Presidência".

Foi divulgada ontem (03), a reportagem da Revista Isto É, que mostra trechos da delação premiada que o senador Delcídio do Amaral (PT) teria prestado a Procuradoria Geral da República. Onde cita os nomes da presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em ações que visavam atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.

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