Reeleito, Reinaldo usou legado para resistir às crises financeira e política
Ao todo, 98,12% das urnas foram apuradas e deu 52,35% de votos para o atual governador
Reeleito governador com 52,35% votos, Reinaldo Azambuja (PSDB) vai prosseguir por mais quatro anos no comando de Mato Grosso do Sul. A vitória do tucano, que liderou coligação Avançar com Responsabilidade, veio após disputa no segundo turno contra o juiz Odilon de Oliveira (PDT). Na reta final, pesquisa Ibope mostrava Reinaldo à frente, mas empatado tecnicamente com o adversário. Até o momento, 98,12% das urnas apuradas, considerando Reinaldo eleito.
Reinaldo Azambuja chegou à disputa da reeleição defendendo que fez uma gestão com responsabilidade e adotou medidas impopulares, como aumento do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e reforma da previdência dos servidores, para permitir que Mato Grosso do Sul não sucumbisse à crise econômica nacional.
“A marca que fica é a marca da responsabilidade. Existe uma criminalização enorme da atividade política”, disse em entrevista ao Campo Grande News durante a campanha eleitoral.
Já crise política que varre o Brasil chegou a Azambuja em forma de denúncias da JBS, cujos proprietários relataram suposto esquema para trocar incentivos fiscais por propinas.
A delação foi em 2017, mas reverberou no dia 12 de setembro deste ano, a poucos dias do primeiro turno eleição, quando a PF (Polícia Federal) cumpriu mandado de busca e apreensão no apartamento do governador, além de fazer prisões temporárias.
No decorrer do segundo turno, comemorou ser inocentado por placar de 11 a zero pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) após denúncia exibida no Fantástico, da TV Globo. Na busca pelo voto, exibiu vídeo de apoio do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que marcou presença em Mato Grosso do Sul puxando votos para eleger senadora, deputados federais e estaduais.
Na campanha pelo segundo mandato, Reinaldo sustentou, em entrevistas ao Campo Grande News, que plano é atingir 1,5% de investimento do orçamento em cultura, estimular a indústria, ampliar as escolas de tempo integral, gerar empregos e reduzir as secretarias do primeiro escalão.
Reinaldo liderou uma chapa com 12 partidos e diz que democracia supõe abrir espaço para aliados, mas sem transformar o governo em cabide de empregos.
Veja momento da comemoração de Reinaldo Azambuja ao lado de apoiadores e da família: