Reinaldo diz que vai reduzir cargos e custos e criar novas secretarias
O governador eleito, Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmou que pretende criar novas secretarias, entre elas desmembrar a atual Seprotur (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo), em uma pasta para Agricultura e Pecuária e outra para Industria, Comércio e Turismo. Ele também disse que vai reduzir custos e diminuir o número de cargos comissionados.
"Sabemos que a situação no país está muito séria, os municípios estão com poucos recursos, então também iremos fazer nossa parte, reduzindo custos e diminuindo cargos em comissão, além de valorizar o servidor, com qualificação e meritocracia", disse Reinaldo, em entrevista ao programa de rádio Tribuna Livre, da FM Capital.
Azambuja explicou que no caso da Seprotur, ele vai dividir a pasta, para dar mais prioridade tanto a Industria, como na Agropecuária, principalmente para agricultura familiar. "Podemos também fazer uma fusão de secretarias, para que tenha mais eficiência, isto não significa que algum setor ficará prejudicado, pois só existe alteração administrativa, mas os serviços serão otimizados".
O governador eleito diz que vai priorizar a saúde e segurança neste novo orçamento, que são questões essenciais para a população. Para segurança, prometeu continuar a contratação de policiais, para diminuir o número de roubos na Capital e no Estado'. "O governador (André Puccinelli) fez concurso e vamos chamar os remanescentes, disseram que eu não iria chamar, era mentira, vamos equipar e estruturar".
Na saúde, Reinaldo voltou a citar o mutirão no início do mandato, assim como buscar junto ao governo federal investimento na área, entre os projetos está a conclusão do Hospital do Trauma. "Nós fechamos 1,5 mil leitos nos últimos dez anos, temos que fazer esta parceria, para terminar projetos importantes à população".
Turismo - Azambuja garantiu que o turismo terá novos investimentos, para deixar de ser direcionado apenas para pesca e focar também atrair público para contemplação. "Temos que montar a estrutura, fazer qualificação e integração, aproveitar mais o Pantanal, valorizar os sítios arqueológicos e locais lindos que temos aqui, tem países que vivem só de turismo, temos que atrair este público para o Estado".
Na área de produção, ele lembrou que 95% dos produtos consumidos no Estado vêm de São Paulo e Paraná e que a solução é organizar o sistema, com incentivo e assistência técnica. "Não temos aqui uma escala de produção, precisamos de organização, tentar acabar com atravessador e fazer com que produtores, em cooperativas, possam vender direto para os supermercados".
Reinaldo ainda citou o fortalecimento da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e um plano estadual voltado para irrigação, para melhorar a piscicultura em Mato Grosso do Sul.
Indígenas - O governador eleito também ressaltou que pretende criar a Superintendência de Assuntos Indígenas, que será um canal de diálogo com as diversas etnias e também com o governo federal, para discutir a questão de demarcações de terras indígenas.
"O nosso governo será parceiro das etnias, eles estão abandonados pelos governos, queremos apoiá-los para que possam produzir, assim como criar eixos de turismo, aos interessados em conhecer sua realidade".
Ele ainda citou que sobre a demarcação de terras, cabe a União indenizar as áreas que foram tituladas. "Nós vamos participar do debate, vou chamar a responsabilidade, temos que acabar com esta briga entre índios e produtores, quiseram me colocar de um lado e os índios de outro, vamos mostrar que é diferente, iremos governar para todos".