ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEGUNDA  04    CAMPO GRANDE 28º

Política

Relator de CPI, Marun diz que vai “ajudar” MS a recuperar meio bilhão da JBS

Comissões também vão assinar termo de cooperação para trocar informações e sigilos

Leonardo Rocha | 18/09/2017 10:36
Deputados Paulo Corrêa e Carlos Marun, além de integrantes da CPI da JBS, durante reunião (Foto: Divulgação - Assessoria)
Deputados Paulo Corrêa e Carlos Marun, além de integrantes da CPI da JBS, durante reunião (Foto: Divulgação - Assessoria)

O presidente da CPI da JBS, Paulo Corrêa (PR) se reuniu nesta manhã (18), com o deputado Carlos Marun (PMDB), que vai ser o relator da investigação nacional, contra a empresa. Além da troca de informações e provas entre os dois grupos de trabalho, o peemedebista prometeu ajudar o Estado a buscar o ressarcimento de R$ 500 milhões aos cofres estaduais.

Marun disse que vai marcar uma reunião com a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para discutir sobre a CPI aberta no Congresso Nacional e neste encontro já vai tratar do acordo de leniência firmado com a empresa, no valor de R$ 10,3 bilhões, para que haja recursos também aos estados, que foram prejudicados com irregularidades da JBS.

"Farei esta visita a procuradora e vou colocar a situação de Mato Grosso do Sul em pauta, expor a situação do Estado, que de acordo com a CPI, deve receber até o momento R$ 500 milhões de ressarcimento. Infelizmente no acordo de leniência firmado não existe previsão para os estados, mas vamos pedir para alterar este cenário", disse Marun.

O peemedebista ainda pretende marcar uma agenda da própria CPI do MS com Raquel Dodge. "Vou fazer o meio campo e depois poderemos discutir o assunto (ressarcimento) em específico. O nosso Estado vai entrar na frente dos demais, porque já existe uma CPI em curso, que já apurou e levantou provas contra empresa".

O deputado Paulo Corrêa (PR), presidente da CPI, ressaltou que com Marun na relatoria da investigação nacional, os contatos e articulação do Estado, ficam mais fortes. "Ficará mais fácil ter acesso a Procuradoria-Geral da República, que com o Rodrigo Janot sequer respondeu nossas solicitações, apesar de insistirmos para um contato e reunião".

De acordo com a CPI, já foi constatado que a JBS precisa devolver R$ 500 milhões aos cofres públicas, contando multa, correção monetária, em relação aos incentivos fiscais que recebeu, mas não cumpriu suas obrigações, entre elas o investimento de R$ 285 milhões, em oito unidades do Estado.

Intercâmbio - Os deputados Carlos Marun e Paulo Corrêa também irão fazer um "intercâmbio" de informações, trocando provas e documentos entre as CPIs, até para evitar que sejam feitos dois trabalhos sobre o mesmo assunto. "Nós já analisamos 100 mil notas fiscais e temos provas recolhidas, nada melhor do que compartilhar", disse Corrêa.

Marun diz que este "termo de cooperação" será assinada de forma oficial em breve, para que haja inclusive "troca de sigilo" entre as duas investigação. "Aqui na Assembleia já existe um trabalho em andamento bem consolidado, com provas e documentos analisados, que vai nos ajudar muito, também vamos colaborar com eles, se for necessário para apuração".

Nos siga no Google Notícias