CPI mantém visitas nas unidades para constituir provas contra JBS
Empresa já reconheceu que não fez investimentos em cinco unidades do Estado
Apesar da JBS ter confessados pelas quinta vez que não realizou investimentos, em unidades do Estado, a CPI aberta na Assembleia ainda vai manter as agendas de inspeção, nas três unidades que faltam, que são nos municípios de Coxim, Nova Andradina e Naviraí, com o objetivo de constituir provas contra a empresa.
O presidente da CPI, o deputado Paulo Corrêa (PR), explicou que todas as vezes que a JBS confessa um dia antes das visitas, que não realizou os investimentos, a comissão consegue juntar as provas contra a empresa, para que haja o devido ressarcimento dos valores, aos cofres públicos. "Não podemos presumir que as unidades que faltam é a mesma situação das anteriores".
A JBS já confessou que não fez investimentos nas unidades de Ponta Porã (15 milhões), duas de Campo Grande (120 milhões), Cassilândia (30 milhões) e Anastácio (60 milhões). Ao todo nas oito unidades, a empresa deveria ter investido R$ 285 milhões, para ter acesso a R$ 99 milhões em incentivos fiscais, no termo de acordo firmado em 2016, na gestão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Novo acordo - A CPI já terminou de analisar o acordo firmado pela JBS, com o governo estadual, na gestão de André Puccinelli (PMDB), que se tratava de redução no pagamento de ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços) de 12% para 3%, na saída de "boi em pé" para outros estados.
Foram analisados neste caso 25 mil notas fiscais, sendo que a equipe de trabalho constatou várias notas fiscais repetidas que foram usadas pela empresa, para justificar a saída de bois do Estado, para pagar menos imposto. "Tem notas repetidas nos meses de julho, agosto e setembro por exemplo, com o mesmo número, são irregularidades em ações de picaretagem", disse Corrêa.
Para o presidente da CPI, o governo estadual poderá requisitar de devolução os cofres público a quantia de até R$ 1 bilhão, pela JBS não cumprir os acordos firmados com o executivo, como investimentos e geração de empregos, além de apresentar notas fiscais com irregularidades. "Esta estimativa é contando três dos cinco acordos entre a empresa e governo".