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Política

CPI mantém visitas nas unidades para constituir provas contra JBS

Empresa já reconheceu que não fez investimentos em cinco unidades do Estado

Leonardo Rocha | 06/09/2017 12:30
Deputados durante reunião da CPI da JBS (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)
Deputados durante reunião da CPI da JBS (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)

Apesar da JBS ter confessados pelas quinta vez que não realizou investimentos, em unidades do Estado, a CPI aberta na Assembleia ainda vai manter as agendas de inspeção, nas três unidades que faltam, que são nos municípios de Coxim, Nova Andradina e Naviraí, com o objetivo de constituir provas contra a empresa.

O presidente da CPI, o deputado Paulo Corrêa (PR), explicou que todas as vezes que a JBS confessa um dia antes das visitas, que não realizou os investimentos, a comissão consegue juntar as provas contra a empresa, para que haja o devido ressarcimento dos valores, aos cofres públicos. "Não podemos presumir que as unidades que faltam é a mesma situação das anteriores".

A JBS já confessou que não fez investimentos nas unidades de Ponta Porã (15 milhões), duas de Campo Grande (120 milhões), Cassilândia (30 milhões) e Anastácio (60 milhões). Ao todo nas oito unidades, a empresa deveria ter investido R$ 285 milhões, para ter acesso a R$ 99 milhões em incentivos fiscais, no termo de acordo firmado em 2016, na gestão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Novo acordo - A CPI já terminou de analisar o acordo firmado pela JBS, com o governo estadual, na gestão de André Puccinelli (PMDB), que se tratava de redução no pagamento de ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços) de 12% para 3%, na saída de "boi em pé" para outros estados.

Foram analisados neste caso 25 mil notas fiscais, sendo que a equipe de trabalho constatou várias notas fiscais repetidas que foram usadas pela empresa, para justificar a saída de bois do Estado, para pagar menos imposto. "Tem notas repetidas nos meses de julho, agosto e setembro por exemplo, com o mesmo número, são irregularidades em ações de picaretagem", disse Corrêa.

Para o presidente da CPI, o governo estadual poderá requisitar de devolução os cofres público a quantia de até R$ 1 bilhão, pela JBS não cumprir os acordos firmados com o executivo, como investimentos e geração de empregos, além de apresentar notas fiscais com irregularidades. "Esta estimativa é contando três dos cinco acordos entre a empresa e governo".

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