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Política

CPI vai definir se antecipa as visitas após confissões da JBS

Leonardo Rocha | 30/08/2017 13:05
Deputados Paulo Corrêa (PR) e Pedro Kemp (PT), fazem parte da CPI (Foto: Victor Chileno/ALMS)
Deputados Paulo Corrêa (PR) e Pedro Kemp (PT), fazem parte da CPI (Foto: Victor Chileno/ALMS)

Os integrantes da CPI da JBS devem decidir nesta tarde (30), em reunião marcada para às 15h30, se continuam ou até mesmo adiantam as visitas nas unidades da empresa, pois a mesma já confessou três vezes que não cumpriu investimentos, previstos em contrato.

O deputado Paulo Siufi (PMDB) defende que sejam encerradas as visitas, faltando quatro datas marcadas para Naviraí, Coxim, Nova Andradina e Anastácio, requisitando junto ao governo estadual e Justiça, a devolução imediata dos recursos concedidos para JBS, por meio de incentivos fiscais.

"Eles estão apenas ganhando tempo, temos que dar um basta nesta situação, mão aceito este tipo de conduta, temos que buscar os recursos de imediato, caso seja voto vencido nesta questão, vou avaliar até a minha saída da comissão", disse o peemedebista.

Já Eduardo Rocha (PMDB) foi mais comedido, dizendo que é preciso constituir provas antes de requisitar a devolução de recursos, sendo necessário segundo ele, a manutenção das agendas de visitas, no entanto vai defender que as inspeções sejam adiantadas. "Vamos marcar as visitas para um tempo mais rápido, quem sabe três por semana".

Provas - O presidente da CPI, o deputado Paulo Corrêa (PR), ponderou que todas as questões serão debatidas na comissão nesta tarde e o que for aprovado, vai ser colocado em prática. "Se o deputado tiver apoio da maioria, sua proposta deve seguir, a única coisa importante é não desviar do nosso rumo, estamos no caminho certo".

O parlamentar diz que necessário "constituir provas" e que a cada termo de acordo finalizado, será apresentado um relatório com todos os fatos apurados. "Quando marcamos a inspeção e eles confessam que não cumpriram os investimentos, as provas são produzidas, acredito que contando os cinco acordos, poderemos requisitar R$ 500 milhões de devolução".

Os deputados disseram que ainda não obtiveram resposta dos ofícios e a marcação de uma agenda com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A intenção é descobrir se no acordo de leniência firmado pela instituição, com a JBS, tem a previsão de ressarcimentos para os estados, prejudicados com irregularidades da empresa.

Confissão - A JBS já confessou que não fez os devidos investimentos nas unidades de Ponta Porã, duas de Campo Grande e Cassilândia, que juntas somam o valor de R$ R$ 165 milhões. Esta contrapartida deveria ter sido feita pela empresa, em função de ter recebido R$ 99 milhões de incentivos fiscais, em termo de acordo firmado em 2016.

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