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JBS se cala sobre denúncias de CPI

Marta Ferreira | 26/08/2017 07:00

Não posso - O advogado José Vanderley Bezerra, que está representando a JBS nos trabalhos da CPI criada na Assembleia Legislativa está impedido de dar entrevistas sobre a investigação. O motivo seria um contrato de confidencialidade com a empresa.

Também não - Os porta-vozes oficiais da empresa também se negam a comentar as informações de que os empregos e investimentos prometidos no Estado ficaram no papel. Procurada para esclarecer denúncias divulgadas pela CPI, a empresa também mandou informar via assessoria de imprensa, que não vai se manifestar.

Quero - O deputado Dagoberto Nogueira (PDT) defendeu fundo público de campanha, orçado em R$ 3,6 bilhões. Afirma que a reserva daria condições iguais aos candidatos em uma eleição. "Quem tem mais recursos para gastar leva vantagens sobre os demais, agora este fundo precisa saber de onde vai vir o dinheiro".

Menos letrinhas - O deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM) avalia que o fim das coligações proporcionais pode gerar no futuro uma fusão de partidos, diminuindo segundo ele, até para apenas 10 legendas. "Poucos partidos hoje têm condições de sair em uma chapa pura, por isso teriam que se juntar de acordo com ideologia e bandeiras". Ele acredita que um modelo com menos partidos seria ideal no futuro.

Melhor como está - Carlos Marun (PMDB) diz ser favorável ao financiamento privado de campanha, com regras mais duras e definidas. Ele alega que seria inconveniente usar recursos públicos para pagar campanhas. "Quem quiser me doar e ajudar minha campanha tudo bem, mas não receber recurso de forma obrigatória da população".

Aproximação – O Corredor Bioceânico aproxima não só regiões e países, mas também políticos de partidos tradicionalmente rivais. Porto Murtinho, onde o governador Reinaldo Azambuja esteve nesta sexta-feira (25), é prova disso. Em seu discurso, ele fez referência ao deputado federal Zeca do PT e a si mesmo, lembrando que construíram suas histórias no PT e PSDB, respectivamente.

Cada um, cada um - Reinaldo deixou claras as diferenças, mas também acentuou que é possível defender pontos de convergência. “Não vou deixar de ser PSDB e nem o Zeca deixar de ser PT. Mas, independentemente de partido, estamos trabalhando pelas pessoas”, afirmou.

PPMPolíticos de diversos partidos participando da mesma solenidade em Porto Murtinho e trocando elogios não deixou dúvidas: o momento era suprapartidário. Tanto que o governador deixou claro: “Aqui o que nos une é  Partido de Porto Murtinho”. .

Trump – Na solenidade de quinta-feira (25), que antecedeu a viagem da expedição da Rota Bioceânica, o governador Reinaldo Azambuja citou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como um contraexemplo. “Tem gente hoje que propõe construir muro, como o louco do presidente norte-americano quer construir muro para separar do México. E nós queremos construir ponte, que é o início dessa rota”, comparou.

Preparando o terreno - O ex-governador André Puccinelli anuncia em dezembro se vai tentar a eleição do ano que vem.  Mas já dá os sinais de que a resposta será sim. Gravou, por exemplo, vídeo explicando porque defende  a mudança de nome de seu partido para MDB. A ideia, em vez de falar em volta ao passado, é de pregar um olhar para o futuro da legenda.

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