Relator destaca pontos mais importantes de depoimentos na CPI
O relatório do vereador Elizeu Dionísio (PSL) destacou, na leitura do documento na CPI do Calote, nesta quinta-feira (19) no plenarinho da Câmara Municipal, os pontos mais importantes dos depoimentos. No caso da Salute Distribuidora de Alimentos, foi a confissão de que a empresa não tinha licença sanitária para fornecer alimentos.
Conforme o relator, o empresário Érico Barreto, da Salute, admitiu que não tinha licença da Vigilância Sanitária parar comercializar alimentos. A empresa é responsável por fornecer a merenda para 200 creches e escolas da rede municipal de ensino.
Já a diretora da Central de Compras, Gislaine do Carmo, admitiu que a empresa não precisa ter todos os documentos exigidos pelo manual cadastral da prefeitura. A Salute firmou contrato de R$ 4,3 milhões com o município sem participar de licitação.
O secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle, Wanderley Ben Hur da Silva, negou ter preferência para suspender o pagamento às empresas. Ele disse, conforme o relatório, que só havia necessidade de justificar quando o calote superava 90 dias.
O diretor da Total Serviços, Walter Helton Wateroo, afirmou à CPI do Calote que se soubesse do atraso no pagamento teria rompido com a prefeitura no dia 31 de dezembro do ano passado. Ele alegou que a empresa foi obrigada a encerrar as atividades e dispensar funcionários porque o quadro de pessoal era grande e a folha de pagamento pesava muito nas contas.
Dionísio também citou outros depoimentos feitos à CPI do Calote. A leitura do relatório final já dura aproximadamente duas horas.