Sem Adriane, candidatos apresentam propostas culturais em sabatina
Três dos quatro titulares na disputa pela prefeitura participaram de encontro do Fórum Cultural
Com três dos quatro candidatos à frente nas pesquisas eleitorais, o Fórum Municipal de Cultura promoveu, na noite desta terça-feira (17), encontro para destacar políticas públicas focadas ao setor A única faltante foi Adriane Lopes (PP). A atual prefeita optou pelo cancelamento, anunciado pela organização da sabatina como "de última hora".
Entre os destaques, estiveram a promessa de ocupação dos espaços públicos, a ampliação de editais e parcerias com a iniciativa privada. O primeiro com a palavra foi o deputado federal Beto Pereira (PSDB), que disse entender a profundidade que a cultura pode fazer dentro do município.
“É importante também garantir que todos os anos teremos editais com valores crescentes. Devemos, como prefeitura, investir mais. As empresas privadas também são responsáveis pelos recursos gerados e alicerçados na população”.
Conforme o plano de governo do tucano, indexado à plataforma Divulgacand, Beto quer ocupar os espaços públicos, como Morada dos Baís, Feira do Imigrante e recuperar prédios históricos através de parcerias com instituições privadas. "Na minha gestão, o município vai ser parceiro [do Estado], uma união coletiva. Estaremos juntos na realização de eventos, sejam universitários, profissionais, amador, para juventude e para a terceira idade".
Camila Jara (PT) destacou que quer modernizar as leis e garantir que os investimentos cheguem a toda a cidade.
“Não me vejo sem cultura. Sou fruto dela e sem ela não veria o mundo como vejo. A cultura nos tira do lugar para pensar de novas formas. A gente não quer dar calote na cultura. Não existe isso de dois editais para os artistas em oito anos. Cultura é compromisso”.
O plano de gestão da petista inclui também a cultura nos bairros, a desburocratização dos editais e garantir o fomento dos artistas locais através de programas de apoio. “A cultura é criminalizada pela gestão, e quem ousa pensar fora da caixa para fazer batalha de rima ou pensar fora do que é estabelecido é reprimido. Isso não pode acontecer e não vai continuar na nossa gestão”.
“Pagar as contas” foi o destaque principal de Rose Modesto (União Brasil), que também busca fomentar os editais do Femic (Fundo de Investimentos Culturais). “Não quero abrir mão de nada. Nossa cidade sofre demais. Tem gente comandando gente sabendo menos que nós. Isso é um erro. A minha prioridade é não dar calote nos artistas. Quero cumprir todo o calendário de pagamentos e, se tudo der certo, triplicar o montante investido até o fim da gestão”, destacou Modesto.
O plano da ex-deputada federal também inclui a criação da Fundação Municipal de Cultura, além de nomear um artista para o cargo de titular da secretaria municipal.
“Hoje, um artista não vai mais às escolas pois a atual gestão fechou as escolas para isso. A arte revela talentos, oferece criatividade, passa mensagens de forma lúdica. O único espaço para isso nos bairros são as escolas. Não existe fomento para arte em outro espaço”, finalizou.
Ao fim, todos os presentes assinaram a carta de compromisso formulada pelo conglomerado de artistas. Vitor Samudio, diretor executivo do Fórum, fez a leitura do comunicado, que inclui propostas de transparência, diálogo e aplicação de 1% da receita municipal em atividades culturais descentralizadas.
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