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Política

Sem definição sobre prefeitura, meta do PSDB é manter bancada da Câmara

Partido irá decidir se vai apoiar a reeleição do prefeito Marquinhos Trad (PSD) ou lançar candidato próprio em março

Fernanda Palheta | 03/01/2020 13:42
Governador Reinaldo Azambuja ao lado do prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (Foto: Henrique Kawaminani)
Governador Reinaldo Azambuja ao lado do prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (Foto: Henrique Kawaminani)

A dez meses da eleição municipal, o PSDB ainda não definiu como será a disputa da prefeitura de Campo Grande pelo partido. De um lado existe o pré acordo do governador Reinaldo Azambuja para apoiar a reeleição do prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), do outro a diretriz da Executiva Nacional para que a sigla lance candidatura em todas as cidades do país com mais de 10 mil eleitores.

A única meta traçada para a disputa eleitoral de 2020 em Mato Grosso do Sul é manter a maior bancada na Câmara Municipal de Campo Grande, com pelo menos seis vereadores.

A aliança entre as duas lideranças foi feita após a eleição de 2018, quando o prefeito de Campo Grande apoiou a reeleição de Azambuja. "Estamos conversando com partido e com as nossas lideranças, fazendo pesquisar para decidir. Lançar uma candidatura por lançar, isso eu digo que nós não vamos fazer", disse o presidente do diretório municipal do PSDB em Campo Grande, o vereador João César Mattogrosso. "Existe um pré acordo. E isso tem um peso muito grande", completou o parlamentar em referência ao compromisso firmado.

Caso a legenda decida lançar um candidato próprio, os deputados federais Rose Modesto e Beto Pereira são ventilados, além do presidente da Câmara, o vereador João Rocha, e o assessor especial do governo do Estado, Carlos Alberto de Assis. "Ter nomes para a disputa não é um problema, em partidos como o nosso o problema às vezes é a briga para decidir quem vai sair", disse o tucano.

Internamente, segundo ele, a sigla está dividida no Estado entre os que preferente apoiara a reeleição de Marquinhos, os que defendem candidatura própria e os que estão no meio termo. "Tem quem acredita que tem que continuar o acordo, outros acham que por sermos o maior partido do estado e termos o governador deveríamos ter um candidato. Vamos ver o que é melhor para a cidade", apontou.

A decisão será tomada apenas em março. Caso a aliança estadual seja mantida, Mattogrosso explica que a executiva de Mato Grosso do Sul irá conversar com o presidente nacional do PSDB, Bruno Araujo.

Já para a disputa legislativa, o partido já tem planejamento. Na primeira eleição sem coligação, o PSDB quer manter a maior bancada na Câmara Municipal de Campo Grande. "Esse é um tema que estou cuidando bem de perto. Não podemos diminuir o número de parlamentares. A meta é manter os seis vereadores que a gente tem hoje na Casa ou fazer os sete que a gente entrou", avaliou. Em 2016, o partido ocupava sete cadeiras na Câmara, mas o vereador Júnior Longo saiu do PSDB para se filiar ao PSB.

"Para isso temos que escolher um bom quadro com nomes fortes", afirmou. O líder municipal da sigla apontou que a janela partidária poderá trazer algumas baixas ao partido, mas ajudará a compor a chapa. "Estamos conversando com possíveis candidatos e alguns vereadores que tem legislatura", adiantou. O vereador também destacou que o partido focará no lançamento de candidaturas femininas.

PSDB - Com 45 prefeitos, o PSDB é o partido com maior representatividade no Estado. Para a eleição, a meta no interior é manter a posição. "Estamos fortalecendo a sigla, nas cidades onde os prefeitos já estão no segundo mandato estamos analisando nomes para sucessão", disse o presidente da Diretoria Estadual do PSDB, Sérgio de Paula.

Ele aponta que a legenda também está fazendo um trabalho forte no legislativo, para fortalecer a disputa. "Hoje temos 162 vereadores e a meta é eleger 200", calcula.

No Estado, o governador Reinaldo Azambuja foi o primeiro tucano a assumir o executivo. Já na Capital, nenhum candidato a prefeito da legenda foi eleito. Em 2016, a deputada federal e então candidata a prefeita, Rose Modesto chegou ao segundo turno da disputa. Com 169.660 votos, o que representa 41,23% da votação, ela perdeu o pleito para o atual prefeito Marquinhos Trad, que teve 241.876 votos válidos.

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