Sem pagar empréstimos, governo negocia para não deixar servidor negativado
A Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) negocia com empresas de crédito consignado mecanismo para evitar que 44 mil servidores sejam negativados, após não pagamento do repasse em dezembro. O valor ultrapassa R$ 51 milhões e a única garantia que se tem está em não se repetir o mesmo erro.
Márcio Monteiro, titular da Sefaz, culpa a gestão anterior pela falha no pagamento, uma vez que o recurso foi descontado da folha de pagamento dos servidores, mas não foi repassado as instituições de crédito que podem negativar os servidores pela falha.
Nesse sentido, o secretário busca dilação de prazo para regularizar os repasses, que ainda estariam sem empenho e registo contábil. Ele ainda esclareceu que valores referentes a janeiro serão pagos, ficando pendente somente o pagamento de dezembro.
“Vai levar um tempo e vamos ter que ver como vai se comportar a receita”, resumiu sobre o caso, com solução em análise na PGE (Procuradoria Geral do Estado).
O impacto da arrecadação, com queda estimada entre 7% e 8% em relação a janeiro do ano passado, também se apresenta como “vilão” no processo, ainda sem prazo para ser solucionado.
Falha - Conforme apurado pelo Campo Grande News a situação é decorrente de um “erro” nas transações bancárias ocorrido no fim do mandato do ex-governador André Puccinelli (PMDB) que resultou no não pagamento dos empréstimos consignados contratados por cerca de 44 mil servidores, que deveria ser feito na folha do mês de dezembro.
Os valores devidos representam um montante que ultrapassa R$ 51 milhões. O que preocupa, no entanto, é que não há previsão para que esse débito seja quitado. Bem como, não foi deixado recursos em caixa para este fim.