Sem saber em quem votar para o Governo? Veja perfis e números de candidatos
Se você chegou na última hora em dúvida, o Campo Grande News um resumão de quem está na disputa para te ajudar
Chegou na última hora ainda em dúvida em quem votar para governar Mato Grosso do Sul? Quem sabe conhecer quem são os candidatos pode te ajudar. Confira quem são os 8 na disputa pela vaga de comandante do Estado (em ordem alfabética pelos nomes de urna):
Adonis Marcos, candidato do Psol, número 50 - Paranaense de Cascavel, nasceu em 14 de maio de 1984. Adonis Marcos de Souza tem 38 anos, é casado, pai de três filhos e formou-se em Direito pela Uniderp/Anhanguera de Campo Grande, em 2021.
Filho de pequenos agricultores, sempre foi militante de causas sociais. Já disputou eleições como candidato a deputado estadual (2010), pelo extinto PTC (Partido Trabalhista Cristão) e vereador (2020) pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista), mas nunca foi eleito. Atualmente, trabalha como empresário.
Tem R$ 164.932,00 em bens declarados às Justiça Eleitoral e recebeu R$ 213.285,92 para tocar a campanha.
André Puccinelli, candidato do MDB, número 15 - Nasceu dia 2 de julho de 1948, em Viareggio, na Itália. Filho de Carlo Puccinelli e Giuseppa Fiaschi Puccinelli imigrou para o Brasil quando ainda era criança. Morou em Porto Alegre e Curitiba, onde formou-se em medicina na UFPR (Universidade Federal do Paraná).
Em 1974, se mudou para Fátima do Sul, 239 km de Campo Grande. Trabalhava como médico no Hospital Nossa Senhora de Fátima.
Iniciou a carreira pública em 1983, quando assumiu a secretaria estadual da saúde. Depois se elegeu deputado estadual por dois mandatos, entre 1987 e 1995. Conseguiu seguir como deputado federal até 1996, quando deixou o cargo para disputar a Prefeitura de Campo Grande. Se elegeu prefeito da Capital por dois mandatos seguidos e chegou ao governo do Estado em 2006. Conseguiu se reeleger a chefe do Executivo estadual em 2010, no primeiro turno e entregou o governo em 2015 para o atual gestor do poder, Reinaldo Azambuja (PSDB).
Declarou R$ 6.899.454,32 em bens à Justiça Eleitoral e outros R$ 6.000.250,00 recebidos para fazer a campanha.
Capitão Contar, candidato do PL, número 28 - Renan Barbosa Contar nasceu dia 25 de dezembro de 1983, em Campinas (SP). Filho de Rene Roberto Contar e Miriam Machado Barbosa Contar, cresceu no ambiente militar, estudando na EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes para o Exército).
Após se formar na AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras), foi aconselhado pelos pais a escolher Campo Grande, como cidade de residência. Isso porque tem raízes familiares na Capital. O avô paterno, Arif Contar, libanês que veio para o Brasil no início do século passado, participou da fundação do município.
Capitão do Exército Brasileiro, possui formação bélica com ênfase em Administração Logística e Pública, além de ser pós-graduado pela ESAO (Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais).
Em 2018, deixou a carreira militar para entrar na vida pública. Se elegeu para seu primeiro mandato como deputado estadual mais votado, com mais de 78 mil votos. Casado, tem 38 anos e não tem filhos.
Tem R$ 583.048,98 em bens declarados e outros R$ 518.866,99 para fazer a campanha.
Eduardo Riedel, candidato do PSDB, número 45 – Nasceu em 5 de julho de 1969. É carioca e filho do meio da tradicional família Corrêa, de Maracaju, proprietária da Sapé Agro. Os pais Seila Garcia Côrrea e Nelson Riedel se mudaram para o Rio de Janeiro, mas faziam questão de trazer toda a família para curtir as férias em terras sul-mato-grossenses.
Riedel se formou em Ciências Biológicas na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e posteriormente mudou-se para fazer mestrado em Zootecnia na Unesp (Universidade Estadual Paulista), campus Jaboticabal. Casado, tem 52 anos e é pai de dois filhos.
Iniciou a vida pública em 2002, quando se tornou presidente do Sindicato Rural de Maracaju, missão que levou a ganhar a credibilidade da classe produtora do Estado para assumir o comando da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), em 2006. Na sequência, em 2011, assumiu a presidência do Sebrae-MS e a vice-presidência da CNA (Confederação Nacional de Agricultura). Foi considerado uma das 100 personalidades mais influentes do agronegócio brasileiro.
Em 2015, Riedel foi convidado a assumir a secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica, na posse do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Foi o porta voz do programa Prosseguir durante a pandemia e responsável pela orientação semanal do governo para as pessoas. A última missão antes de sair da administração para disputar a eleição foi comandar a pasta de Infraestrutura, responsável pelas entregas de obras da gestão.
O total de bens declarados é de R$ 20.744.288,42. Riedel obteve R$ 5.524.408,00 para a campanha.
Giselle Marques, candidata do PT, número 13 – Advogada, Giselle Marques é campo-grandense. Nasceu em 7 de abril de 1968. Filha do falecido sargento do Exército, Wilson Melquiades de Carvalho e da professora Ieda Marques de Carvalho, Giselle cresceu em Corumbá, a 428 km de Campo Grande.
Estudou em escolas públicas, sendo alfabetizada na Escola Municipal José Rodrigues Benfica, com passagens pelo Centro Educacional Júlia Gonçalves Passarinho e o Colégio Estadual Maria Leite.
Aos 16 anos se filiou ao Partido dos Trabalhadores, quando presidia o Diretório Acadêmico de Direito, da antiga FUCMAT (Faculdades Unidas Católicas). Neste período, o pai de Giselle não aceitava a escolha política da filha e por isso, ela foi obrigada a sair de casa. A candidata foi morar em uma casa de tábua, no fundo de uma funerária. E apesar da falta de apoio da família, continuou na militância. Mais tarde o pai acabou se convencendo da luta de Giselle e também se filiou ao PT.
No começo da carreira profissional seus principais clientes eram sindicatos de trabalhadores. Hoje, ela tem um escritório perto do Shopping Campo Grande. É doutora e pós-doutora na área do Direito. Publicou vários livros e artigos científicos, tornando-se uma das mais respeitadas palestrantes e debatedoras de temas relacionados à sua profissão, aos direitos humanos, sustentabilidade, cultura, gestão e políticas públicas.
Atuou em várias gestões da Ordem dos Advogados do Brasil-MS e no ano passado ela disputou a presidência da OAB, seccional do Estado e ficou em terceiro lugar, recebendo 4,6% dos votos.
Atuou na gestão pública no governo do PT em Mato Grosso do Sul, exercendo a Gerência de Controle Ambiental do Imasul (Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul), entre 2002 a 2004, e a Superintendência do Procon, entre 2004 a 2007. Nas eleições de 2018, Giselle concorreu ao Senado como segunda suplente do ex-governador José Orcírio Miranda, o Zeca do PT.
Na vida pessoal, Giselle é casa com Gustavo Corrêa há 25 anos. Eles possuem três filhas. Apesar de ter crescido em um lar católico, em 2005 a petista se convertei para a religião evangélica.
Não declarou bens e obteve R$ 3.804.500,00 para fazer a campanha.
Magno de Souza, candidato pelo PCO, número 29 - Primeiro indígena candidato a governador de Mato Grosso do Sul, Magno de Souza (PCO) é o retrato de parte das comunidades indígenas, que vivem em barracos de lona nas áreas ocupadas que se espalham pelo Estado.
Guarani-kaiowá de 38 anos de idade, Magno vive com a mulher, dois filhos pequenos e outros parentes na área chamada Ararikuty. Ele nasceu na Aldeia Jaguapiru, depois se mudou para a Bororó e afirma ter passado boa parte da infância vivendo na rua.
O Ararikuty é um dos sete acampamentos montados nos arredores da Reserva Indígena de Dourados, criada em 1917. No papel, a reserva tem 3.600 hectares, mas os indígenas afirmam que parte das terras foi ocupada ao longo dos anos pelos brancos e reivindicam a demarcação desses espaços.
Magno de Souza diz ser sobrinho do lendário líder guarani Marçal de Souza Tupã’y e afirma que entrou na política para dar voz ao seu povo.
Com ensino fundamental incompleto e sem qualquer bem informado à Justiça Eleitoral, Magno de Souza teve a candidatura negada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) por causa de condenação por furto de bicicleta em 2012. Ele recorreu e concorre sub judice. Recebeu R$ 3 mil para tocar a campanha.
Marquinhos Trad, candidato do PSD, número 55 - Marcos Marcello Trad, conhecido como Marquinhos Trad, é natural de Campo Grande. Terceiro filho do ex-deputado federal Nelson Trad, já falecido, e da professora aposentada conhecida como dona Therezinha Mandetta Trad, ele nasceu no dia 28 de agosto de 1964.
Quando ainda estava na barriga da mãe, o pai já participava da política. Foi exatamente antes de Marquinhos nascer que seu Nelson ficou preso por 25 dias pela ditadura militar, por ser considerado ‘agitador comunista’.
Crescendo em meio a famílias mais tradicionais do Estado, Marquinhos e os irmãos acompanhavam a atuação do pai e tios na política. Ele seguiu a carreira de Nelson, se tornando advogado, formado pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Foi com essa base, que formou um patrimônio eleitoral que o elegeu pela primeira vez vereador de Campo Grande, em 2004. Trad atuou na OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso do Sul), exercendo os cargos de conselheiro e de presidente da Comissão de Ética e Disciplina. Também integrou e presidiu o TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) do Estado.
Além de advogar, Marquinhos também atuava como professor de Direito, em algumas universidades da Capital. Lecionava as disciplinas de Direito Processual Penal, Tópicos Especiais de Direito e Prática Forense.
Foi secretário municipal de Assuntos Fundiários na gestão do então prefeito André Puccinelli. Ficou conhecido pelo trabalho de desfavelamento da cidade. Em 2006, foi eleito deputado estadual de Mato Grosso do Sul, cargo que disputou nas duas eleições seguintes e conseguiu se reeleger. No pleito de 2010, foi o candidato mais votado para a Casa Legislativa, com 56.827 votos.
Em 2016, foi eleito para o primeiro mandato como prefeito de Campo Grande, com 241.876 votos válidos. Sendo reeleito em 2020, no primeiro turno, com 52,58% dos votos válidos. Ele escolheu renunciar ao cargo em abril deste ano para concorrer ao Governo.
Marquinhos está no segundo casamento, com Tatiana Trad. É pai de quatro meninas e avô de duas.
Declarou R$ 2.851.236,09 em patrimônio e obteve R$ 6.409.329,00 para a campanha.
Rose Modesto, candidata do União Brasil, número 44 – Nascida em 20 de fevereiro de 1978, no recém-criado Estado de Mato Grosso do Sul, nasceu Rosiane Modesto de Oliveira. Hoje, com 44 anos, a deputada federal Rose Modesto quer ser governadora.
Ainda adolescente, saiu com a família de Culturama, distrito de Fátima do Sul, e veio para Campo Grande. Na Capital, estudou História como bolsista da UCDB e lecionou por 12 anos essa disciplina na rede pública de ensino, até que em 2008 concorreu e venceu a disputa para vereadora.
É conhecida por fundar o projeto Tocando em Frente, que até hoje atende crianças, jovens e adultos com arte, esporte, cultura e ação social nos bairros Parati e Aero Rancho, em Campo Grande.
Rose foi vice-governadora e secretária estadual de Assistência Social durante o mandato de Reinaldo Azambuja (PSDB), mas em 2018 se elegeu deputada federal e este ano, deixou o PSDB para concorrer com o candidato apoiado pelo então governador.
Com patrimônio de R$ 679.006,49, ela arrecadou R$ 6.153.473,94 para a campanha.