ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 23º

Política

Senado aprova mudanças da PEC da Transição, que irá à promulgação ainda hoje

Proposta estabelece que novo governo terá R$ 145 bilhões acima do teto de gastos, custeando programas sociais

Guilherme Correia | 21/12/2022 22:11
Plenário do Senado Federal, em Brasília. (Foto: Agência Brasil)
Plenário do Senado Federal, em Brasília. (Foto: Agência Brasil)

Senado Federal aprovou na noite desta quarta-feira (21) mudanças na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição, feitas na Câmara, mais cedo. Texto foi aprovado em sessão híbrida por 63 votos a 11 em primeiro e segundo turno, sem alterações. A PEC segue para promulgação, marcada já para esta noite pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Segundo ele, a PEC foi votada com agilidade para permitir a votação do Orçamento-Geral da União de 2023 o mais rápido possível. O Orçamento é aprovado em sessão conjunta do Congresso.

A aprovação ocorre poucas horas depois de a Câmara dos Deputados concluir a votação da PEC em segundo turno. O presidente da Câmara, Arthur Lira, informou mais cedo que há um compromisso para que o Senado não modifique o texto da Câmara, o que permitirá a promulgação nesta semana.

Logo após a aprovação em primeiro turno, o Senado aprovou a extinção do interstício de cinco sessões e começou a votar a proposta em segundo turno. Amanhã (23), será o último dia de atividade legislativa do ano. Caso o Congresso não consiga promulgar a PEC nem aprovar o Orçamento nesta quinta, será necessária uma convocação extra para que o Parlamento cumpra os procedimentos na próxima semana.

A proposta estabelece que o novo governo terá R$ 145 bilhões para além do teto de gastos, dos quais R$ 70 bilhões serão para custear o Bolsa Família de R$ 600, em 2023, com adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos.

Os outros R$ 75 bilhões podem ser destinados para as despesas como políticas de saúde (R$ 16,6 bilhões), entre elas o programa Farmácia Popular e o aumento real do salário mínimo (R$ 6,8 bilhões). A PEC também abre espaço fiscal para outros R$ 23 bilhões em investimentos pelo prazo de um ano.

Mudanças - Os deputados aprovaram duas modificações no texto da PEC. A primeira mudança diminuiu o tempo de ampliação do teto de gastos para um ano, diferente do prazo de dois anos do texto aprovado no Senado. Inicialmente, a proposta negociada pelo governo eleito era de validade por quatro anos.

Outro destaque aprovado alterou a destinação dos recursos do "orçamento secreto", as emendas de relator, consideradas inconstitucionais pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Acordo entre líderes partidários definiu que os recursos serão rateados entre emendas individuais e programações de execução não obrigatória pelo Executivo. A Câmara ficará com 77,5% do valor global das emendas individuais; e o Senado, com 22,5%.

(*) Com informações da Agência Brasil.

Nos siga no Google Notícias