Servidores do DNIT definem nome “sigiloso” para indicar a cargo
Os servidores do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) fizeram assembleia na manhã desta segunda-feira (13) para escolher três nomes a serem indicados para assumir a superintendência do órgão no Estado, que virou motivo de impasse desde que o ex-superintendente Marcelo Miranda Soares foi demitido. Porém, além do sigilo da reunião, os servidores também decidiram esconder o nome dos escolhidos.
A reunião começou às 10 horas e contou com a participação de quase todos funcionários. A reportagem do Campo Grande News esteve no local e verificou que o protocolo era feito pela própria secretária, já que os funcionários estavam na reunião.
Após algum tempo, a reportagem foi informada que a reunião seria fechada e o resultado seria divulgado depois.
Em contato pelo telefone, o presidente da ASDNER/MS (Associação dos Servidores Federais em Transportes de Mato Grosso do Sul), Dirço Martins, informou que os funcionários decidiram manter sigilo sobre os nomes da lista a ser enviada para o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e ao diretor-geral do Dnit, Jorge Fraxe.
O sigilo pode ter uma explicação: os servidores do Dnit já mantiveram contato com a diretoria nacional para recomendar o nome de Carlos Antônio Marcos Pascoal. Porém, a indicação perdeu força depois que o Campo Grande News divulgou que ele passou por investigação no TCU (Tribunal de Contas da União).
Pascoal é investigado por irregularidades em três contratos de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na BR-163, na divisa de Mato Grosso com o Pará. A investigação envolve recursos de R$ 500 milhões.
A cúpula do Dnit foi punida com demissão em processo administrativo disciplinar no dia 2 de janeiro. Na ocasião, foram demitidos o superintendente, Marcelo Miranda, o chefe do Serviço de Engenharia, Guilherme Alcântara de Carvalho, e Carlos Roberto Milhorim, chefe do Dnit em Dourados. O Dnit está sob o comando interino do engenheiro Antônio Carlos Nogueira, número dois na hierarquia do órgão, desde a demissão de Marcelo Miranda.