Simone e Moka defendem resgate de valores do partido com troca de nome
Os senadores de Mato Grosso do Sul, Simone Tebet e Waldemir Moka, ambos do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), são a favor da volta do MDB. Para eles, será uma forma de resgatar os valores e ideologia dos fundadores da legenda.
“Quem sabe eu volte a me sentir em casa, porque eu nasci no MDB e o meu PMDB não é o PMDB que eu vejo aí”, comentou a senadora, durante a cerimônia do centenário da Santa Casa de Campo Grande, na manhã desta sexta-feira (18).
Simone afirma que espera que valores pregados pelos antigos nomes do MDB sejam resgatados.
“A minha escola é de Ulisses Guimarães, Ramez Tebet, Wilson Barbosa, Pedro Simon, pessoas e figuras que fundaram o antigo MDB. Acho que está na hora do MDB voltar a resgatar sua própria história, que nada mais é que a história da democracia. Quem abriu a porta para todos os partidos, inclusive o PT, pudesse ter voz, foi o MDB”.
Moka lembra que a mudança da sigla tem de ser aprovada em convenção nacional, marcada para o dia 27 de setembro, mas ele acredita que a maioria dos integrantes do partido será favorável à ideia.
“Sou a favorável e torço que mudança da sigla traga realmente os valores que o MDB, meu MDB velho de guerra, tinha”, destacou.
Mudança - O presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR), anunciou nesta quarta-feira (16) que encaminhou um ofício ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para mudar o nome da legenda para Movimento Democrático Brasileiro, como era durante o regime militar.
A alteração tem o aval do presidente Michel Temer.
O MDB foi criado em 1966, para fazer oposição à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido que dava sustentação à ditadura militar. O fim do bipartidarismo, em 1979, levou à reorganização do quadro partidário e fez o MDB virar PMDB.