Sindicalistas protestam pedindo que MS espere reforma da Previdência de Brasília
Contra diversos pontos da lei, servidores querem que os deputados retirem o projeto da casa de leis
Um grupo de sindicalistas foi à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul nesta quinta-feira (9). Eles pedem aos deputados estaduais a retirada do projeto que reforma a Previdência estadual, apresentada semana passada pelo governo.
Conforme o presidente da Fetems (Federação dos Professores de MS), Jaime Teixeira, o grupo quer se reunir com cada parlamentar, de forma individual, para explicar os pontos que são contrários.
O projeto eleva a contribuição do servidor de 11% para 14% e a patronal de 22% para 28%. Há a previsão de unificar os fundos previdenciários, pontos que os servidores discordam também.
Os sindicalistas argumentam que não houve debate com as categorias e querem que o Estado espere a votação da reforma previdenciária do governo federal. "Não tem porque antecipar antes de aprovar lá (Brasília)".
Além disso, os servidores são contra o acréscimo de alíquotas como ficou estabelecido. Entendem que, no caso do patronal, que é pago pelo governo, a medida pode impedir reajuste salarial no ano que vem.
De acordo com o dirigente, a elevação de 22% para 28% vai impactar na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), no que se refere ao gasto com pessoal. Ou seja, elevando o pagamento com os servidores, o governo poderá ficar impedido por lei de elevar os gastos, concedendo reajuste.
Para o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de MS), Giancarlo Miranda, o Executivo estadual não mostrou os cálculos da Previdência, como as despesas, receitas e o rombo no setor.