Siqueira alega fraude na convenção e Justiça dá prazo para PSL comprovar votos
PSL chega ao última dia de convenções rachado, com disputa interna e acusações de traições
Em mais um capítulo da disputa no PSL para definir o candidato à prefeito, agora o vereador Vinícius Siqueira (PSL) alega que houve “fraude” na votação da convenção, realizada no domingo (13). Ele requisitou liminar para cancelar o resultado, mas a Justiça concedeu o prazo de 3 dias para o deputado Loester Carlos (PSL) comprove os votos do evento.
“Temos informações que a eleição foi fraudada, e que nos cinco votos da executiva municipal, eu teria a maioria e seria escolhido candidato a prefeito. Só duas pessoas ficaram ao lado do deputado (Loester Carlos), mas ele colocou os suplentes para votar, o que não era permitido”, afirma Siqueira ao Campo Grande News.
Ele vai tentar provar na Justiça Eleitoral que venceu a convenção (13), tendo mais votos que o oponente Loester Carlos. O vereador ainda articula junto com senadora Soraya Thronicke (PSL), presidente regional da legenda, a realização de uma nova convenção hoje (16), já que o grupo acredita que o evento de domingo não teve validade.
Soraya alega que destituiu Loester do cargo de presidente municipal na última sexta-feira (11) e que, portanto ele não poderia conduzir a convenção no domingo (13). O deputado federal, no entanto contra-atacou, ao dizer que a direção nacional do PSL “referendou” o evento e a escolha dele como candidato a prefeito.
Decisão – A juíza eleitoral, Joseliza Alessandra Vanzela, não concedeu liminar para cancelar o resultado do evento, mas notificou a direção municipal do PSL para que no prazo de 3 dias, envie a gravação oficial da convenção, informe quais foram os filiados presentes e quantos votaram, e quem são os membros com direito ao voto.
Caso as informações não sejam enviadas, a convenção pode ser anulada. Com isto o PSL chega ao último de convenção rachado, sem ter certeza sobre seu candidato (prefeito) e com acusações de várias “traições” ao longo de todo processo.
Entramos em contato com o deputado federal, Loester Carlos, mas ele não atendeu as ligações até o fechamento da reportagem.