PSL escanteia Siqueira e escolhe Loester Carlos como candidato a prefeito
Partido teve "racha" um dia antes das convenções, com troca de candidato e críticas entre parlamentares
Após convenção e disputa de votos, o deputado Loester Carlos (PSL) foi o escolhido para ser o candidato a prefeito do partido, em Campo Grande. Ele terá como vice a corretora de imóveis Lilian Duraes. O vereador Vinícius Siqueira (PSL) que era o pré-candidato até ontem (12), foi retirado do páreo.
Loester disse que o partido convidou Vinícius para ser o pré-candidato a prefeito, mas que houve mudanças devido às pesquisas internas, em que o deputado entende ter mais chances de chegar ao segundo turno, do que o vereador.
"A direção nacional do partido trabalha com números, sobre quem tem mais chances na eleição. As mudanças podem ocorrer até o dia da convenção", descreveu. Ele ponderou que não tem nenhuma crítica sobre a "competência" de Vinícius, e que baseou esta mudança no potencial eleitoral.
O diretório municipal se reuniu após as apresentações e optou por Loester Carlos (PSL). Ele vai para sua segunda eleição seguida, depois de ter sido eleito deputado federal em 2018. Fora do páreo, Vinícius disse que não negociaria outro cargo dentro da legenda.
Evento - A convenção do PSL foi realizada de forma virtual, por meio do aplicativo “Zoom”, apenas aos filiados do partido, sem qualquer divulgação nas redes sociais e internet. O evento só se tornou público porque o vereador Vinícius Siqueira (PSL) filmou do seu próprio celular e transmitiu no Facebook.
Durante o evento, ele ainda pediu para as pessoas compartilharem a transmissão, para que fosse de conhecimento de mais pessoas. “Todos precisam assistir e ver o que está ocorrendo no PSL”, acrescentou. Do meio para o final do evento, a página do PSL Municipal também começou a transmitir.
Impasse - A confusão dentro do PSL começou quando Siqueira chegou à legenda, durante a janela partidária, e foi anunciado por Loester como pré-candidato a prefeito da Capital. Isto gerou uma repercussão direta junto ao deputado Renan Contar (PSL), que até o momento era o nome da sigla para disputa.
Contar criticou a decisão e disse que se sentia “traído” dentro da sigla, tanto que logo depois entrou com uma ação no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) para deixar a legenda, sem perder o mandato.
Vinícius então seguiu como pré-candidato até ontem (12), quando foi avisado por Loester Carlos que não seria mais o escolhido e que ele próprio representaria o partido na disputa eleitoral. "Se fosse em outros tempos, diria que minha candidatura foi vendida por R$ 5 milhões, mas sei que nos dias atuais isso não acontece no Estado”, disse o vereador.
A questão “rachou” a legenda, que chegou à convenção dividida entre os dois parlamentares. O embate foi resolvido em votação feita pelos integrantes da direção municipal do PSL.