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Política

Sob protesto de evangélicos, lei aprovada define santa padroeira de MS

Deputados instituíram nesta quarta-feira Nossa Senhora do Perpétuo Socorro para o posto

Geisy Garnes e Mayara Bueno | 20/12/2017 13:39
Igreja Perpétuo Socorro é uma das mais movimentadas em Campo Grande. (Foto: Arquivo)
Igreja Perpétuo Socorro é uma das mais movimentadas em Campo Grande. (Foto: Arquivo)

Em uma sessão extraordinária a Assembleia Legislativa aprovou o projeto que institui Nossa Senhora do Perpétuo Socorro como padroeira de Mato Grosso do Sul. A decisão desta quarta-feira (20) foi votada em meio a polêmicas e protestos da bancada evangélica.

O projeto, de autoria do deputado Paulo Siufi (PMDB), causou desconforto em parte dos deputados, principalmente os que compõem a bancada evangélica. Durante a sessão o deputado Herculano Borges (SD), pediu uma análise da proposta e o adiamento da votação, o que foi rejeitado pela maioria dos deputados.

Em seu argumento, Borges afirmou que o assunto é delicado e apesar de respeitar o catolicismo e o próprio deputado Paulo Siufi, acreditava que um projeto que contempla apenas parte de uma população não deve ser constitucional. O deputado apontou ainda que as reclamações não se limitavam aos evangélicos, mas também a alguns católicos.

Assim como ele, o deputado Lidio Lopes (PEN) alegou ser contra. “ Não existem conflitos, sou evangélico, e a toada minha família é católica, mas recebi ligações de católicos que são devotos de outros santos. Para mim um projeto não pode ser aprovado sem um levantamento dentro da própria região”.

Zé Teixeira (DEM), ao contrário dos companheiro, ressaltou que ter Nossa Senhora do Perpétuo Socorro como padroeira do Estado não mudaria “o curso do rio”. “Não vai afetar em nada”. Ainda durante a sessão, Paulo Siufi lembrou que a decisão não interfere nos padroeiros já definidos pelo municípios, e também não resultará em um novo feriado.

“Esse acirramento é desnecessário. Tenho minha religião respeito as outras e tenho que defender o projeto. Ele não é inconstitucional, teve o parecer da Procuradoria e também da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça)”. O projeto foi aprovado com 21 votos a favor e um único contra, o que deputado Maurício Picarelli (PSDB).

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