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Política

STF começa a julgar acusados por ataques em Brasília; 5 são de MS

Análise começa em sessão virtual amanhã; grupo invadiu e vandalizou Congresso, STF e Palácio do Planalto

Silvia Frias | 17/04/2023 10:25
Djalma Salvino, Diego Eduardo Assis e Fabio Jatchuk presos pela depredação em Brasília (Foto: Redes Sociais)
Djalma Salvino, Diego Eduardo Assis e Fabio Jatchuk presos pela depredação em Brasília (Foto: Redes Sociais)

O STF (Supremo Tribunal Federal) começa a decidir nesta terça-feira (18) se irá tornar réus os acusados de participação nos ataques ocorridos em Brasília, no dia 8 de janeiro. Da primeira leva, contendo cem envolvidos, cinco são de Mato Grosso do Sul.

Os casos foram divididos em dois inquéritos, instaurados a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para investigar o planejamento e a responsabilidade intelectual dos crimes praticados, além de identificar os participantes da invasão que não foram presos em flagrante no dia 8 de janeiro.

No calendário do STF, consta que os julgamentos virtuais vão ocorrer a partir de 18 a 24 de abril, dividido por inquérito, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. A primeira leva priorizou casos de quem continua preso. As denúncias relativas ao restante, um total de 1.390, serão analisadas posteriormente.

Desta lista inicial, a reportagem identificou cinco nomes de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul: Diego Eduardo de Assis Medina, 55 anos; Djalma Salvino dos Reis, 45 anos; Eric Prates Kobayashi, 40 anos; Fábio Jatchuk Bulmann, 41 anos; e Fabrício de Moura Gomes, 45 anos.

Djalma Salvino dos Reis, 45 anos, é motorista e mora em Itaporã. Em seu perfil nas redes sociais, Salvino se mostra um ferrenho apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro e participou de atos antidemocráticos em Dourados, pedindo intervenção federal e questionando o resultado das urnas. Diego Eduardo Assis Medina reside em Dourados e trabalha na área da construção civil. Fábio Jatchuk é técnico em instalação e manutenção de ar-condicionado, residente em Campo Grande.

Fabrício de Moura é natural de São Paulo, mas mora em Três Lagoas, onde é sócio de uma empresa especializada em fabricação de máquinas e equipamentos para indústria de celulose. Eric Kobayashi é residente em Campo Grande, trabalhava como carteiro nos Correios, mas deixou a empresa em meados de 2013.

A reportagem tentou entrar em contato com a defesa dos denunciados. Apenas o contato dos advogados de Erick Kobayashi foi encontrado ativo.

O advogado Hélio Júnior enviou nota ao Campo Grande News: "A defesa informa que não há quaisquer indícios de que ele tenha vandalizado, pelo contrário, ao final comprovarão a sua inocência e restará claro que centenas de pessoas que foram presas injustamente. Ainda espera que as investigações possam identificar os verdadeiros culpados pela depredação dos prédios públicos invadidos na praça dos Três Poderes. A prisão do Eric é ilegal e antijurídica logo se espera que o julgamento do STF venha arquivar o inquérito que culminou na maior prisão política da história da humanidade.

Invasão - No dia 8 de janeiro, manifestantes vestidos de verde e amarelo estavam acampados diante do quartel-general do Exército, em Brasília, e foram para a Esplanada dos Ministérios. Invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.

Depois do ocorrido, uma intervenção federal foi instaurada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, resultando na prisão de centenas de pessoas. Dos 1.406 detidos, 942 tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva (sem prazo determinado) e 464 obtiveram liberdade provisória, mediante medidas cautelares.

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