Takimoto diz que pretende ficar no PDT e irá se defender na comissão de ética
O deputado estadual George Takimoto (PDT) disse nesta manhã de quarta-feira (6) que ainda não foi notificado pela direção Regional do partido sobre eventual pedido de expulsão da sigla por ter votado a favor do projeto do Governo do Estado para a reforma da previdência, como chegou a ser anunciado na última sexta-feira (1º) por integrantes dos movimentos sindicados e sociais pedetistas.
“Ainda não fui oficialmente notificado, e quando acontecer, se acontecer, vou me defender na comissão de ética porque a minha intenção é permanecer no PDT”, disse George Takimoto, de 76 anos, natural de Lavínia, interior de São Paulo, e radicado em Dourados. Ele foi eleito em 2012 com 16.586 votos e admitiu já ter sido convidado pelo PSD, PHS e PMDB.
Segundo Takimoto, assim que a comissão de ética do partido o convocar para fazer a sua defesa usará pelo menos dois argumentos para derrubar o pedido de expulsão, e o primeiro deles é que não foi oficialmente informado de que o partido havia fechado questão contra a reforma da Previdência.
“Teve apenas uma recomendação do Dagoberto (deputado federal Dagoberto Nogueira, presidente Regional do PDT) para que eu votasse contra, e falei que iria pensar. Portanto, não houve um pedido impositivo. Se houvesse esse pedido impositivo eu teria repensado meu voto”, afirmou.
O segundo ponto que considera importante, afirmou George Takimoto, tem a ver com a sua condição pessoal de idoso inserido no universo de aposentados.
“Estou com 76 anos, sei exatamente como é a vida dos idosos e jamais votaria contra um projeto sabendo que meu voto prejudicaria os idosos, porque se no futuro faltar recursos para pagar os aposentados certamente os idosos serão os maiores prejudicados. Um idoso não tem a mesma disposição de um jovem, se ele perder a aposentadoria não tem a mínima chance de repor o seu ganho”, comentou o deputado. “Além disso, tenho 30 anos na política e sempre voto de acordo com a minha consciência”, ressaltou ele.
Em sua defesa, Takimoto afirmou que não usará argumentos do tipo perseguição política, comuns em situações semelhantes no Brasil, e sobre o risco de perder o mandato de deputado estadual, no caso de expulsão do partido, ele avalia que a direção do PDT tem todo o direito de tomar essa decisão. “Acho um exagero, mas pode acontecer”, declarou.