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Política

Tecnologia, prevenção e expansão da rede são ideias de candidatos à saúde

Maioria dos planos de governo citam criação de novas unidades básicas e centros de diagnósticos

Por Gabriela Couto | 26/09/2024 11:28
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Fachada da UPA Coronel Antonino lotada (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)
Fachada da UPA Coronel Antonino lotada (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

Um dos gargalos na gestão municipal, a saúde, é citada em todos os planos de governo dos sete candidatos a prefeito de Campo Grande. Dentre as propostas, a maioria promete reformar as unidades básicas de saúde e investir em tecnologia. A seguir, destacamos as propostas de cada um que participa das eleições municipais deste ano.

Adriane Lopes (PP), atual prefeita e candidata à reeleição, planeja modernizar e expandir a infraestrutura da saúde e usar ferramentas novas para melhorar a gestão. Um dos pilares de sua proposta é o fortalecimento da atenção básica, considerada a porta de entrada do sistema de saúde. Ela pretende ampliar o número de equipes de atendimento e investir em capacitação e valorização dos profissionais da área.

Também está dentro das promessas de gestão a melhoria no atendimento de urgência e emergência, propondo a criação de um sistema de gestão de filas mais transparente e ágil. Além disso, a prefeita busca inaugurar o Complexo Hospitalar de Campo Grande, uma estrutura com 188 leitos de enfermaria, 20 CTIs e 10 salas de cirurgia, destinado a atender cerca de 1.500 pacientes por dia.

O complexo também seria um centro de pesquisa e ensino, buscando posicionar Campo Grande como referência nos níveis secundário e terciário de atenção à saúde. Outros pontos de destaque incluem a promoção de campanhas de vacinação, a prevenção de doenças crônicas, e o fortalecimento de programas de saúde mental. Adriane ainda pretende criar um Centro Médico de Cuidado com o Idoso, oferecendo atendimento especializado multidisciplinar para a terceira idade.

O candidato do partido Novo, Beto Figueiró, apresenta uma proposta mais voltada à prevenção e ao cuidado integral, com um olhar específico para o início da vida e a adolescência.

Ele propõe a criação de um Centro Integrado de Acolhimento e Assistência, com foco em práticas integrativas e complementares, como homeopatia, acupuntura e medicina chinesa, além de um modelo de atendimento multiprofissional que inclua terapeutas e especialistas de diversas áreas.

Fachada da UPA Santa Mônica com pacientes esperando ao lado de fora (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)
Fachada da UPA Santa Mônica com pacientes esperando ao lado de fora (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

Figueiró também propõe a criação de Casas de Parto Natural, ligadas ao Centro Integrado, para atender gestantes com suporte de parteiras e obstetrizes, respeitando as escolhas das mulheres durante o parto. Outro ponto importante de sua proposta é a criação de programas de saúde específicos para povos originários e comunidades quilombolas, com a contratação de intérpretes e mediadores culturais para facilitar o acesso aos serviços de saúde.

O candidato aposta na ampliação de convênios com hospitais locais, como a Santa Casa, e na criação de programas de prevenção em escolas e espaços públicos. Figueiró também propõe um sistema hospitalar psiquiátrico público, em parceria com os governos federal e estadual, além de um atendimento odontológico itinerante, que atenderia regiões mais distantes da cidade.

Beto Pereira (PSDB) enfatiza a importância de uma saúde universal, integral e equitativa, com foco na humanização do atendimento e na valorização dos profissionais da saúde. Dentro da proposta de governo do tucano está a ampliação do número de equipes e estender o horário de funcionamento das unidades de saúde, com melhorias nas condições estruturais e maior oferta de equipamentos.

Ele propõe aumentar a oferta de leitos e reduzir o tempo de espera para consultas e exames especializados, incluindo o uso de telemedicina. Beto ainda promete reestrutura as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e adquirir novas ambulâncias para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para garantir 100% da frota funcionando.

Corredores lotados da UPA Santa Mônica (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)
Corredores lotados da UPA Santa Mônica (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

O candidato ainda assegura a valorização dos profissionais da saúde, dialogando com as categorias, investimentos em capacitação e melhoria das condições de trabalho dos servidores. Se eleito, fará a expansão dos Caps (Centros de Atenção Psicossocial), com foco em álcool e drogas, além de atenção à saúde bucal e à saúde da mulher, crianças e idosos.

No plano de governo de Camila Jara (PT), ela prevê a reestruturação e expansão da rede de saúde pública, com propostas de fortalecimento da atenção básica e melhoria no acesso às especialidades médicas.

Dentre as propostas, Jara se compromete a expandir a rede de ESF (Estratégia de Saúde da Família) e a Saúde Bucal, garantindo acesso universal em quatro anos. Um dos principais projetos da candidata é a criação de um complexo hospitalar municipal, integrando também um CEIS (Complexo Econômico Industrial da Saúde) que atenderá as demandas locais.

Camila propõe o fortalecimento dos Caps e a contratação de equipes multiprofissionais para desospitalizar pacientes com doenças mentais. Ela ainda vai criar unidades regionais equipadas com exames laboratoriais e de imagem, com foco em reduzir o tempo de resposta e melhorar o diagnóstico de doenças.

O candidato Ubirajara Martins (DC), apresenta um projeto mais enxuto, mas com propostas focadas em modernização e expansão da rede de saúde, além de ênfase na saúde mental. Ele pretende construir novas unidades e modernizar as já existentes, visando melhorar a infraestrutura de atendimento à população.

Também fará a ampliação do quadro de profissionais da saúde com capacitação contínua, a fim de melhorar a qualidade do atendimento. Ubirajara garante que fará a implementação de serviços de apoio psicológico e psiquiátrico, voltados especialmente para os jovens, além de campanhas de conscientização sobre a importância da saúde mental.

Pacientes pissiquiátricos deitados no CAPS Guanandi (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Pacientes pissiquiátricos deitados no CAPS Guanandi (Foto: Arquivo/Paulo Francis)

Rose Modesto foca em três pilares principais: modernização da infraestrutura, agilidade no atendimento e inclusão de grupos em vulnerabilidade. Seu plano visa uma série de reformas e melhorias que abrangem desde a saúde básica até o atendimento especializado.

Ela quer garantir o acesso universal e de qualidade às UBS, promovendo reformas e ampliações que atendam a toda a população. A candidata propõe agilizar a triagem para urgências e realizar mutirões para procedimentos especializados, a fim de diminuir as filas de espera para atendimentos eletivos.

Sua meta é ampliar os leitos hospitalares e melhorar os atendimentos ambulatoriais, de acordo com as demandas. Rose quer reestruturar os Caps e promover uma saúde mental inclusiva, com foco em populações LGBTQIAPN+, negras, em vulnerabilidade social, pessoas com deficiência e povos originários.

Ela também promete potencializar o combate ao uso de álcool e drogas, além de campanhas para prevenir doenças como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Outro ponto forte do plano de Rose é a qualificação contínua e melhores condições de trabalho para os servidores da saúde.

A candidata vai modernizar e reestruturar as unidades com novos equipamentos e insumos hospitalares, além de implantar uma central de telemedicina e um hospital municipal com centro de diagnóstico.

Corredor interno da unidade do Caps, em Campo Grande (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Corredor interno da unidade do Caps, em Campo Grande (Foto: Arquivo/Paulo Francis)

Luso de Queiroz (PSOL) traz uma visão que se opõe às privatizações, propondo uma gestão pública participativa e com foco em áreas marginalizadas. Ele prioriza a defesa dos direitos dos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) e a valorização dos profissionais.

Ele propõe revitalizar as Unidades Básicas de Saúde com foco em saúde preventiva, especialmente nas periferias, onde deseja reduzir a mortalidade infantil e materna. Luso defende que a saúde seja tratada como prioridade no orçamento público, sem privatizações.

O candidato quer construir um novo hospital e uma maternidade, com foco em humanização dos partos e direitos reprodutivos, respeitando as diversas origens raciais e orientações sexuais das mulheres.

Aumento de salário e reajustes salariais compatíveis com a inflação para os servidores municipais da saúde é uma das suas principais bandeiras. Um de seus diferenciais é a proposta de revitalizar os conselhos de saúde, ampliando mais voz ao trabalhador na gestão do sistema.

Luso também propõe a revitalização dos Caps e a valorização do papel do psicólogo na reinserção de dependentes químicos no mercado de trabalho. Suas propostas incluem assegurar atendimento humanizado para mulheres transexuais e travestis, bem como serviços psicológicos especializados para mulheres vítimas de violência.

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