Temer lança "Avançar" com promessa de finalizar 7.439 obras paralisadas
Avançar. É o nome do programa lançado nesta quinta-feira (9) pelo governo federal com o objetivo de finalizar 7.439 obras paralisadas em todo o país. O investimento previsto é de R$ 130,9 bilhões, e a entrega das obras deve ocorrer até o final de 2018.
O programa prevê a conclusão de obras de saneamento, creches, unidades básicas de saúde, recuperação de pistas de aeroportos e duplicação de rodovias. O Nordeste terá o maior número de obras finalizadas. Serão 3.186, com investimentos de R$ 19 bilhões. Em seguida, vem o Sudeste, com 1.931 obras, totalizando R$ 52,51 bilhões.
Nova versão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), lançado no Governo Dilma, o Avançar de Temer prevê a construção de 970 km de rodovias, a duplicação de 511 km, e a recuperação e manutenção de 52.200 quilômetros de estradas. A programação prevê investimentos também no setor ferroviário com previsão de construir 898 km da extensão sul da linha Norte-Sul.
O governo anunciou ainda obras em aeroportos de nove capitais e em 27 aeroportos regionais. As intervenções envolvem recuperação de pista e compra de equipamentos.
Há previsão de obras em 11 terminais portuários e em hidrovias. Foram anunciadas a construção de 6 hidrovias, a recuperação e manutenção de 1.086 quilômetros de hidrovias e a sinalização de outros 2.190 quilômetros.
O programa prevê ainda investimentos na construção de linhas de metrô e VLT, obras de saneamento, contenção de encostas, construção de unidades de saúde, creches, quadras esportivas, obras em cidades históricas, de incentivo ao turismo e na área de habitação.
O secretário-geral da Presidência da República, ministro Moreira Franco, destacou que serão concluídas pelo programa obras inacabadas, algumas paralisadas há anos, o que demonstra a retomada do investimento público no país.
“Com o Programa Avançar, vamos retomar os investimentos públicos. Lamentavelmente, para tirar o país do vermelho e fazer todas essas reformas para garantir o equilibro fiscal do país, eles [os investimentos] tiveram que ser contidos. Agora estamos retomando”, afirmou Moreira.
Os recursos virão de três fonte: R$ 42,1 bilhões do Orçamento Geral da União; R$ 29,9 bilhões da Caixa Econômica Federal, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e R$ 58,9 bilhões de empresas estatais do setor de energia, em especial a Petrobras.