Tradição do clã Trad perde força e família não elege ninguém em 2022
Após décadas no poder, filhos e neto de Nelson Trad não conseguiram se eleger para os cargos que disputavam
O sobrenome libanês "Trad", que está há quase seis décadas na vida pública se reduziu a ter apenas dois representantes na política: o senador e ex-prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PSD) e Otávio Trad, que é neto, e não conseguiu se eleger como deputado estadual, mas continua por mais dois anos na Câmara Municipal, onde é vereador.
O filho do meio do ex-deputado federal Nelson Trad, Marquinhos Trad, que chegou a liderar pesquisas eleitorais na corrida para o governo do Estado neste ano, ficou no sexto lugar com 124.795 votos. Apenas 8,68% do eleitorado estadual.
O ex-prefeito renunciou ao cargo no Executivo Municipal para disputar a cadeira da governadoria. Agora está sem mandato. Mesmo com um histórico como ex-vereador da Capital e ex-deputado estadual, Marquinhos não conseguiu votação expressiva e ainda termina a campanha eleitoral em meio a uma investigação policial de supostos crimes sexuais.
O irmão dele e filho mais novo de Nelson Trad, Fábio Trad, perdeu a cadeira na Câmara do Deputados. Buscando a reeleição para o mandato de deputado federal, conseguiu a confiança de 43.881 eleitores no Estado. Número insuficiente para se manter no cargo.
Esta não é a primeira vez que o advogado perde a vaga no Congresso Nacional. Eleito pela primeira vez em 2010 para a cadeira que já foi do pai, Fábio ficou de fora em 2014, mas voltou a se eleger deputado federal em 2018. Além da carreira política, ele já ocupou a presidência da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso do Sul), uma das instituições mais importantes da sociedade.
Já o neto do seu Nelson, Otávio Trad, não conseguiu ascensão do legislativo municipal para o estadual. Após três mandatos seguidos na Casa de Leis de Campo Grande, Otávio obteve 8.891 votos ontem. Suficiente apenas para ficar como suplente pelo partido na Assembleia Legislativa.