UEMS terá 17% a mais para gerir novo campus e Fundersul tem plus de 55%
Para administrar novo campus em Campo Grande, a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) terá incremento de 17,8% na receita do próximo ano. A previsão consta no Orçamento do Governo do Estado para 2015. A peça orçamentária também trabalha com a expectativa de aumento de 55% na arrecadação do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul) e com a queda de 66% nos investimentos em obras.
O orçamento, que chegou na terça-feira (21) à Assembleia Legislativa, informa repasse de R$ 209,84 milhões à UEMS contra R$ 178,12 milhões destinados neste ano. A maior fatia da verba deverá ser aplicada no novo campus da universidade, previsto para ser inaugurado em Campo Grande na primeira quinzena de dezembro. Ao todo, 320 vagas serão abertas para 7 cursos presenciais, incluindo medicina. As aulas devem começar no início de 2015.
A peça orçamentária também prevê R$ 412,94 milhões ao Fundersul, que recebeu, neste ano, R$ 266,31 milhões. A verba a mais será bem-vinda pelas prefeituras, principalmente, pelo fato de, a partir de 2015, 50% do fundo poder ser aplicado na recuperação de vias urbanas.
Por outro lado, o orçamento estima queda de 66% no repasse à Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos). Em ano de execução do programa “MS Forte”, as obras ganharam investimento de R$ 765,27 milhões contra R$ 257,41 milhões, previstos para 2015.
Na Agraer (Agencia de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) também há previsão de menos recursos. Neste ano, o órgão recebeu R$ 75,84 milhões e, em 2015, a expectativa é ganhar R$ 57,9 milhões, uma redução de 23,7%.
Ainda de acordo com o orçamento do ano que vem, a Agehab (Agência Estadual de Habitação) ganhará incremento de receita de 167%. Este ano, a expectativa é investir R$ 28,58 milhões contra R$ 76,49 milhões, em 2015.
No total, o Orçamento do Estado, que será administrado pelo governador eleito no próximo domingo (26), será de R$ 13,057 bilhões, um aumento de 8% em comparação à receita deste ano (R$ 12,089 bilhões). Os maiores gastos continuam com educação (R$ 1.880.402.000) e saúde (R$ 858.321.000).
O projeto confirma ainda os novos percentuais do duodécimo dos Poderes. Com a proposta, o índice do Tribunal de Justiça passou de 6,8% para 7,30% da receita líquida o Estado (R$ 286.673.000); da Assembleia de 2,7% para 2,9%, (R$ 212.424.000); do Tribunal de Contas o repasse aumentou de 2% para 2,2%, chegando ao valor de R$ 161.143.000.
Para o Ministério Público, o índice cresceu de 3,7% para 3,9%, o que representa R$ 286. 673.000. Já a Defensoria Pública receberá 1,8% em vez dos atuais 1,5%, chegando ao valor de R$ 131.849.000. Somando o recurso, o governo estadual irá destinar R$ 1.325.817.000 aos poderes.