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Política

Voltando a negar calote, Bernal diz que CPI é "palco político" para desgastá-lo

Zemil Rocha e Leonardo Rocha | 24/07/2013 11:45
Prefeito Bernal continua negando existência de calote a fornecedores (Foto: Cleber Gellio)
Prefeito Bernal continua negando existência de calote a fornecedores (Foto: Cleber Gellio)

O prefeito Alcides Bernal (PP) acusou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Calote de estar “perdendo o foco” e ter virado um “palco político para desgastar” sua administração. Segundo ele, três dos cinco integrantes da comissão, o presidente Paulo Siufi (PMDB), Elizeu Dionízio (PSL) e Chiquinho Teles (PSD), estão interessados apenas em defender as empresas.

Contrapondo-se a Bernal, os vereadores têm afirmado que o prefeito não pode usar de dois pesos e duas medidas, atrasando ou negando-se a pagar algumas prestadoras de serviços, como a Solurb e a RDM Recuperadora de Créditos Ltda, e, por outro lado, pagando até antecipadamente outras, como a MegaServ, contratada por R$ 4,4 milhões em regime emergencial e sem licitação para substituir a Total Serviços Gerais na limpeza de postos de saúde. A Total deixou o serviço depois de ficar sem receber o R$ 1,4 milhão em janeiro e fevereiro.

Bernal reafirmou nesta manhã que “não há calote” em fornecedores. “A prefeitura tem 90 dias para fazer o pagamento. E esse prazo serve até para avaliar a questão administrativa e o serviço oferecido”, argumentou ele. Em geral, contudo, a administração paga mensalmente pelos serviços ou fornecimentos continuados, se tratando de exceção atrasar a contrapartida financeira por três meses.

Para o prefeito, os vereadores deveriam estar preocupados com a situação grave na saúde pública no município, em vez de defender interesses de empresas que estão com pagamento atrasado ou suspenso.

Novamente, Alcides Bernal criticou o fato de a Câmara ter deixado de pagar alugueis à Haddad Engenheiros Associados, dona do prédio da Av. Ricardo Brandão, no bairro Jutiuka Park. “Todo bom cobrador é mau pagador”, afirmou ele. “O prédio da Câmara tem uma dívida enorme com a empresa dona do local. Há sete anos não tem pagamento”, observou. “Quem deu o calote?”, indagou.

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