Votação sobre Michel Temer gera embate entre deputados na Assembleia
A votação sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) gerou repercussão e embate na Assembleia Legislativa. Deputados do PMDB fizeram a defesa, ao dizer que o importante é negar o prosseguimento do processo, para ajudar a economia e votação de reformas, enquanto que os petistas defendem a sua saída do Palácio do Planalto.
O líder do PMDB, o deputado Eduardo Rocha (PMDB), ponderou que a permanência do presidente é essencial para votação de reformas no Brasil, assim como dar estabilidade para e economia. "O País precisa se desenvolver e começar a andar, para crescer a economia e voltar a crescer, por isso importante barrar esta investigação contra o (Michel) Temer".
Para o deputado Paulo Siufi (PMDB) é necessário o presidente continuar no cargo, para que programas e estratégia da economia possa seguir, visando a estabilidade. "Já critiquei algumas coisas, como fechamento das farmácias populares e sei que tem coisas a melhorar, mas o momento é de deixar ele no cargo, em prol do País".
Do outro lado, o deputado Amarildo Cruz (PT) fez discurso diferente, ao dizer que diante das denúncias apresentadas e escândalos de corrupção, a única saída para a Câmara Federal é aceitar a denúncia contra Temer. "A ex-presidente Dilma (Rousseff) de longe não tinha estas denúncias, mas foi retirada do cargo, justamente se pregando o combate a corrupção".
O líder do PT na Assembleia, o deputado João Grandão (PT), também usou a tribuna para falar sobre o tema, gerando discussão com os colegas do PMDB. "Além de todas as denúncias, este governo atual diminuiu recursos importantes em programas da gestão anterior, entendo que após 13 anos de poder deve ser feito uma reflexão, mas nossa gestão trouxe inclusão social".
Votação - A denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), por corrupção passiva, apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, baseada na delação premiada dos donos da JBS, será avaliada na sessão desta tarde (02), na Câmara Federal.
Para que a sessão comece a fase de votação são necessários 342 deputados presentes no plenário, tendo assim o quórum necessário, para começar a divulgação dos votos. A oposição promete fazer uma "queda de braço" para travar o andamento, e até ameaçou deixar o local, para que a sessão seja adiada.
São necessários 342 votos (dois terços) dos 513 deputados, para que a denúncia contra Temer seja aceita e assim siga para o STF (Supremo Tribunal Federal). Caso a oposição não atinja este número, o presidente continua no cargo e só vai ser analisada esta denúncia pela Justiça, quando ele deixar o mandato.