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Reportagens Especiais

Noite da Capital não é mais a mesma, é agitada e tem atrações de 2ª a 2ª

Chegada de barzinhos e pubs mudou a rotina de quem reclamava da falta de opção na cidade

Alan Diógenes | 20/08/2015 08:00
Noite da Capital não é mais a mesma, é agitada e tem atrações de 2ª a 2ª
Pubs de sertanejo e rock durante a semana deram mais opões à campo-grandense. (Foto: Arquivo)
Pubs de sertanejo e rock durante a semana deram mais opões à campo-grandense. (Foto: Arquivo)
Promoter de eventos, Bruna não pára em casa nem na segunda-feira. (Foto: Marcos Ermínio)
Promoter de eventos, Bruna não pára em casa nem na segunda-feira. (Foto: Marcos Ermínio)

A “mania” de alguns em comparar Campo Grande com grande centros como: São Paulo e Rio de Janeiro, dizendo que aqui não existe vida noturna; há alguns anos vem mudando. A chegada de pubs, barzinhos ao ar livre, restaurantes japoneses e mexicanos, e casas noturnas que funcionam durante a semana, tem feito a noite campo-grandense ficar mais agitada.

A cena mudou e tem “baladeiro de plantão” que não fica em casa nem em plena segunda-feira. É o caso da promoter de eventos Bruna Macedo Guerreiro, 23 anos. Claro que a profissão ajuda, porque ela é bar woman em um bar e faz a divulgação de uma dupla sertaneja, mas se não fosse pela diversidade de estabelecimentos, tudo seria bem diferente.

Questionada por onde anda durante a semana, logo vem a constatação que aqui realmente existe um leque de opções na noite. Bruna elenca uma série de casas noturnas de todos os estilos musicais, onde ela costuma frequentar.

Bruna disse que os barzinhos roubaram a cena e viraram concorrência das casas noturnas. Ela explica que os shows com diversos estilos músicas, televisões para assistir jogos de futebol e lutas, são os diferenciais nos barzinhos, onde você só paga o que consumir e o couvert artístico. “Na casa noturna você paga a entrada e a consumação, ou seja, o pessoal prefere os barzinhos onde pagam só o que tomar e um valor mínimo pela apresentação".

A comodidade fez com que os barzinhos atraíssem o público e as casas noturnas tiveram que apostar no diferente. “Nos barzinhos a gente pode encontrar os amigos e sentar. Sempre estão lotados durante toda a semana e as vezes é preciso fazer reserva. Por isso as baladas tiveram que investir em decoração, abaixar os valores e trazer gente de fora, ou seja, novidades”, mencionou Bruna.

Jovem "baladeira" disse que combinou com a cidade que está cada dia mais agitada. (Foto: Marcos Ermínio)
Jovem "baladeira" disse que combinou com a cidade que está cada dia mais agitada. (Foto: Marcos Ermínio)
Barzinhos tomaram conta, fazem concorrência às casas noturnas e é ponto de happy hour de amigos. (Foto: Vanessa Tamires)
Barzinhos tomaram conta, fazem concorrência às casas noturnas e é ponto de happy hour de amigos. (Foto: Vanessa Tamires)
Luiz disse que "só o sertanejo" ficou para trás, hoje a cidade tem todos os estilos musicais. (Foto: Vanessa Tamires)
Luiz disse que "só o sertanejo" ficou para trás, hoje a cidade tem todos os estilos musicais. (Foto: Vanessa Tamires)

Talvez este tem sido o pensamento dos proprietários das Valleys Pub, Acostic Bar e Tai. Por exemplo, a Valley Pub inovou o conceito de bar em Mato Grosso do Sul. Aos moldes de um pub irlandês, seguiu os mais elevados padrões de qualidade.

“O pub sempre é um ótimo lugar para relaxar, ouvir boa música e tratar de negócios de maneira mais descontraída. À noite, à partir do seu happy hour, você pode afrouxar a gravata e se divertir bastante, com um cardápio exclusivo, o melhor do sertanejo e o público mais bonito de Campo Grande”, informou o estabelecimento através de nota.

Já a Valley Acoustic Bar investiu no mercado da música sertaneja. Presente em Campo Grande desde 2009 e totalmente reformulada em 2012, a administração investiu em decoração, conforto e comodidade aos clientes. Atrações regionais conhecidos nacionalmente como: Bruninho & Davi, Munhoz e Mariano, João Bosco e Vinicius, Luan Santana e Maria Cecilia e Rodolfo, já passaram pelas casas.

A Valley Tai nos altos da Afonso Pena talvez seja um dos lugares mais exóticos que o campo-grandense pode ir. Toda a arquitetura lembra estruturas tailandesas que levam até ouro em suas peças. Tudo ao redor envolve ostentação.

A Woods, que tem unidades em 15 cidades do Brasil, quando traz duplas e bandas conhecidas nacionalmente, filas quilômétricas se formam e até mesmo frequentadores de fora da cidade vem prestigiar os eventos.

No cenário da música eletrônica, existe cinco casas noturnas: a Move, que sempre traz DJs de renome para tocar; e as outras quatro voltadas ao público LGBT. São elas: Sis Lounge, Non Stop, Daza Club e Feat Club.

Umas das mais antigas, a Non Stop, funciona na Rua Pimenta Bueno, Bairro Amambai, e já trouxe grandes nomes como atração: Valesca Popozuda, Wanessa, Banda Uó, MC Xuxu, DJ Filipe Guerra, entre outros.

Non Stop (balada eletrônica) lotada durante final de semana. (Foto: Reprodução/Facebook)
Non Stop (balada eletrônica) lotada durante final de semana. (Foto: Reprodução/Facebook)

O Campo Grande News percorreu os principais pontos de encontro para ouvir da população o que acha da noite na cidade. Em sua grande maioria, as pessoas acreditam que as opções são diversas e variadas.

“A galera começou a sair mais de uns tempos para cá porque aumentaram as opções. Particularmente estou satisfeita”, comentou a publicitária Jéssica Rosa, 22 anos. “A diversidade de estilos musicais tem atraído o público, por exemplo, antes tinha só lugar que tocava sertanejo, agora tem de tudo”, contou o amigo que acompanhava, André Buzo, 23.

A fisioterapeuta Fernanda Figueiredo, 27, estava em um barzinho, na Rua 15 de Novembro, com quatro amigas. Para ela, a noite está mais agradável nos últimos anos. “Tem muito mais lugar para fazer um happy hour. Dia de semana vamos aos barzinhos e nos finais de semana vamos à balada. Ficar parada é que não dá”, apontou.

Luiz Antônio, 41, gosta de sair do serviço e procurar um barzinho para relaxar. Para ele, qualquer um que procurar vai encontrar um lugar ao seu estilo para se distrair. “A gente percebe que aumentou as opções porque o povo que antes começava a sair na quinta, hoje começou a sair na segunda. Sem falar que deu uma variada nos estilos musicais”, diz.

Woods (balada sertaneja) com fila imensa em um dos dias de shows. (Foto: Arquivo)
Woods (balada sertaneja) com fila imensa em um dos dias de shows. (Foto: Arquivo)
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