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Conheça as novas tendências do turismo no Brasil em 2024

Por Paulo Nonato de Souza | 14/05/2024 09:08
Viajar para contemplar o céu e as estrelas em parques naturais, o astroturismo ganha força no Brasil em 2024 – Foto: Reprodução
Viajar para contemplar o céu e as estrelas em parques naturais, o astroturismo ganha força no Brasil em 2024 – Foto: Reprodução

Viajar para contemplar o  céu e as estrelas! É o astroturismo, uma das tendências que o Ministério do Turismo aposta para 2024 para os parques ecológicos espalhados pelo Brasil. Conciliar uma viagem de trabalho com o lazer também estará super em alta a partir deste ano. O termo bleisure (negócios e lazer) já está rendendo novas relações e promovendo ambientes mais felizes nas empresas brasileiras, avalia o MinTur.

Os dados são do levantamento publicado na 5ª edição da revista eletrônica “Tendências do Turismo”, que apresenta comportamentos do turista brasileiro e os destinos que estão em alta. Outra tendência citada na revista é o nomadismo digital. O país se tornou um dos principais destinos de pessoas do mundo inteiro que podem trabalhar remotamente. E por que não escolher a beira da praia em João Pessoa (PB) ou o pé de uma cachoeira em Bonito, no Mato Grosso do Sul, para exercer suas atividades profissionais?

ASTROTURISMO - Já imaginou tomar um banho de estrelas, ou poder analisar em silêncio a imensidão do céu e saber mais sobre astronomia? Este tipo de experiência é possível por meio do astroturismo, como se define o turista que busca lugares sem poluição e engarrafamentos. O segmento é uma experiência com tradição milenar.

O Chile é um dos principais destinos astronômicos da América do Sul com um dos céus mais limpos do hemisfério sul. Graças ao clima e sua posição no mapa, algumas zonas do país chegam a ter, por ano, mais de 300 noites que reúnem as condições perfeitas para os amantes da astrofotografia e da observação dos astros celestes. O país tem 40 observatórios e 27 deles são abertos para os turistas.

Segundo o astrônomo Daniel Mello, que é coordenador do projeto “Astroturismo nos Parques Brasileiros”, este tipo de observação deve ser feita em ambientes longe das luzes das cidades. "O astroturismo pode ocorrer em observatórios, planetários, centros e museus de astronomia, ou mesmo em pousadas, hotéis, parques, reservas e unidades de conservação da natureza", explica.

Daniel Mello conta que esse tipo de turismo surgiu da busca pelo contato com a natureza através de novas experiências e também pelo processo de conscientização sobre a necessidade de preservação e valorização do céu estrelado como patrimônio da humanidade. "O céu noturno tem captado a atenção das pessoas para além do interesse da ciência. Dessa forma, o crescimento recente do astroturismo está intrinsecamente relacionado à necessidade do resgate do contato do homem com o céu noturno, inviabilizado com o uso excessivo da iluminação artificial nas cidades", afirma o astrólogo.

O especialista enumera alguns parques brasileiros que  já oferecem o astroturismo: os Parques Nacionais das Emas e o da Chapada dos Veadeiros, ambos em Goiás, o da Serra da Canastra e o da Serra do Brigadeiro, em Minas Gerais, os Lençóis Maranhenses (MA) e a Chapada Diamantina (BA). No Rio de Janeiro, o astroturismo já acontece nos parques do Itatiaia, dos Três Picos, da Serra da Tiririca, da Lagoa do Açu e no do Desengano, que possui o primeiro parque de Céu Escuro da América Latina, certificado internacionalmente pela Dark Sky International.

TRABALHO E LAZER - Você já ouviu falar do movimento bleisure? A sigla, em inglês é uma mistura de business (negócios) e leisure (lazer). Este modelo vem crescendo no mundo. Na prática, as empresas permitem aos seus funcionários uma agenda menos rígida quando estão viajando a trabalho. O objetivo é que a pessoa tenha tempo para turistar após ou entre os compromissos.

As políticas de viagens das empresas são os maiores desafios. Normalmente são viagens com foco em trabalho. Segundo a agente de Viagens Corporativas, Andressa Sattler, as empresas precisam mudar a forma de conduzir essas políticas. “No mundo de hoje, as relações de trabalho são completamente diferentes de 20, 30 anos atrás. O gestor atual precisa entender que um trabalhador feliz rende mais que um triste. Ter este espaço para promover este diálogo dentro da empresa não custa mais do que levar um funcionário para um evento ou para atendimento de um cliente em um local turístico”, pontuou a agente de viagens.

NOMADISMO DIGITAL - Poder trabalhar em qualquer lugar do mundo usando apenas um computador e um bom sinal de internet. Este é o sonho de boa parte da geração que compõe a força de trabalho hoje no mundo. O Brasil tem se tornado um dos principais destinos para os chamados nômades digitais. Para se ter uma ideia, só nos dois primeiros meses deste ano foram analisados mais de 120 pedidos de residência com base em uma resolução do Conselho Nacional de Imigração, órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que concede o visto para este fim no país. A maior parte dos pedidos são de europeus, seguidos por norte-americanos e canadenses.

É um setor que tem tudo para continuar crescendo. Primeiro pela evolução das profissões, que cada vez mais permite que as pessoas possam trabalhar remotamente. Depois, os avanços da tecnologia e da internet fizeram com que, em qualquer lugar do mundo fosse possível realizar reuniões, ter conversas em vídeo e se comunicar de forma instantânea. De acordo com Andressa Sattler, esta tendência é uma realidade que deve ser vista com atenção pelo setor do turismo.

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