Dicas de como arrumar a mala para não ter que pagar por excesso de bagagem
Com as taxas de bagagem em vigor e a chegada das aéreas de baixo custo, o ideal é o passageiro aprender a viajar leve
Lá se vão quatro anos desde que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em 2016, autorizou as companhias aéreas a cobrarem pelo despacho de bagagem, algo que já existe há bem mais tempo na Europa e nos Estados Unidos, mas que nós brasileiros ainda relutamos para se enquadrar na “nova” realidade.
Nem tanto pela quebra de uma cultura que prevalecia desde o início da aviação comercial no Brasil, muito mais pelo não cumprimento da promessa de que a cobrança pela bagagem iria fazer cair os preços das passagens.
Quatro anos depois da resolução da Anac que autorizou as companhias aéreas a cobrarem por bagagens despachadas, liberando o direito a uma mala de mão de até 10 kg na cabine do avião, a conversa das aéreas agora é que, se deixarem de cobrar pelo despacho de bagagem os preços das passagens vão aumentar.
No resumo da ópera, o ideal é o passageiro aprender a viajar leve. Mesmo porque as áreas de baixo de custo, as chamadas low cost, estão chegando ao Brasil, já são cinco autorizadas a operarem no país, e especialmente elas cobram pelo transporte de malas e por tudo que o passageiro queira consumir no seu voo.
Na política das aéreas de baixo custo o viajante só paga pelo que realmente usa, ou seja, se não vai despachar malas ou se tem uma mala de mão dentro do limite de 10 quilos, nem vai comer a bordo, só pagará pelo preço da passagem.
A psicóloga campo-grandense Mariana Alves, de 28 anos, é do tipo que ama viajar, descobrir novas culturas, conhecer pessoas, coisas e lugares diferentes. São tantas viagens no currículo que já virou uma espécie de consultora dos amigos sobre destinos pelo mundo e até mesmo sobre como arrumar a mala para levar o máximo do que precisa sem ter que pagar por excesso de bagagem.
Ela conta que na hora de arrumar a mala a primeira coisa que faz é se programar sobre o que vai usar, levando em conta os dias de permanência no lugar e a combinação de roupas, sem incluir nada que não precisará usar. Confira suas dicas essenciais:
1 – Estude o clima do lugar para onde irá viajar:
A primeira coisa a fazer é considerar a duração da viagem, o objetivo, se de férias ou a trabalho, e as condições climáticas no seu destino, e assim saberá que tipo de roupa ou calçados levar. Por exemplo, se vai estar frio, calor ou se a temperatura estará oscilando entre frio e calor.
2 – Combine roupas e conte os dias que ficará fora:
O ideal é optar por itens que possibilitem várias combinações. É assim que eu faço. Monto minha mala com roupas que poderei usar mais de uma vez em outras combinações. Por exemplo, dois shorts jeans, quatro camisetas, sempre levando em conta os dias que irá permanecer no destino. Isso economiza espaço: já levar as roupas que vai usar combinadas. Já fiquei cinco dias num lugar com uma mala compacta.
3 – Mulheres, evitem levar salto alto:
Menos é mais até na hora de fazer a mala. Primeiro porque as pessoas não usam tudo que levam, nunca. Segundo porque sempre ou quase sempre queremos comprar algo na viagem, seja para presente ou lembrança e irá precisar de espaço na mala. Para as mulheres, a não ser que a viagem seja para alguma festa ou evento importante, nem precisa levar salto. Ocupa espaço e não é nada confortável para andar pela cidade.
4 – Organização e o essencial na hora de montar a mala:
Organização é um item importante na hora de fazer a mala. No meu caso eu costumo enrolar as roupas para ter o máximo de espaço, em vez de dobrá-las e estender uma peça em cima da outra. Evite várias opções de uma coisa básica, como chinelo, e se precisa de shampoo e condicionador, melhor ter recipientes para levar apenas o suficiente para os dias de duração da viagem ao invés de por levar o pote todo de casa. Também acho desnecessário levar uma farmácia inteira de remédios, porque farmácia tem em todos cantos.