Sete atrativos para você visitar na última parada da rota bioceânica em MS
Porto Murtinho é cenário de turismo de aventura, história, cultura, pesca e travessias de balsa e barco para o lado paraguaio
Se você ainda não conhece Porto Murtinho, uma cidade de 15 mil habitantes, fundada há 107 anos na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, a 440 km de Campo Grande pelas rodovias BR-060 e BR-267, esteja pronto para conhecer a última parada do lado brasileiro do destino rodoviário que ligará os oceanos Atlântico e Pacífico.
Localizado no chamado Baixo Pantanal, às margens do Rio Paraguai, a cidade que já foi o paraíso da pesca, vive a expectativa do que poderá se transformar quando a já famosa rota bioceânica for uma realidade. “Vai alavancar o turismo na região com o fluxo de turistas brasileiros e estrangeiros, e possibilitará a diversificação da oferta turística”, acredita o secretario municipal de Turismo, Carlos Heyn.
A previsão é de que a rota se tornará real em março de 2023, quando estará concluída a ponte de 680 metros de extensão sobre o Rio Paraguai, ligando o município de Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, a Carmelo Peralta, um distrito do Departamento de Alto Paraguai, última obra do projeto que envolve Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. A penúltima obra é a pavimentação de um trecho de 227 km da rodovia que ligará Carmelo Peralta a Loma Plata, na fronteira paraguaia com a Argentina, prevista para ser inaugurada em junho de 2022.
Por enquanto, a rota de integração da América do Sul ainda é um sonho que caminha para virar realidade, mas enquanto isso não acontece Porto Murtinho entra em modo preparação para receber os turistas. Esta semana o canal de turismo Lugares Por Onde Ando, do Campo Grande News, listou 7 atrativos urbanos e rurais como opções do seu roteiro:
1 - Museu Dom Jaime Aníbal Barrera:
É um dos cartões postais históricos da cidade. Foi construído entre 1927 e 1928 para abrigar a padaria e o moinho de trigo, e por isso o museu é conhecido popularmente como “Padaria Velha”. O museu fica na Rua Dr. Costa Marques, S/N, ao lado do quartel da Polícia Militar Ambiental.
Restaurado em 2004, durante o Governo Zeca do PT (José Orcírio Miranda dos Santos), natural de Porto Murtinho, o Museu Dom Jaime Aníbal Barrera abriga o maior acervo histórico e cultural do município.
2 - Cachoeiras do Rio Aquidaban:
Se você curte cachoeiras, então este é o lugar certo. Fica na Fazenda Baía das Garças, uma das mais antigas propriedades rurais de Porto Murtinho. Em uma mesma região são 11 cachoeiras com alturas das mais variadas, a menor tem 5 metros e maior 120 metros, uma das mais altas quedas de água de Mato Grosso do Sul.
Distante 54 km em relação ao centro de Porto Murtinho, o passeio começa na sede da fazenda Baía das Garças com uma boa caminhada por uma trilha rústica e de muita aventura até a cachoeira de 120 metros, de onde é possível contemplar a Serra da Bodoquena, suas montanhas e florestas.
3 - Cachoeira do Apa:
Fica em uma área de preservação ambiental a 80 km de Porto Murtinho, por onde passa o Rio Apa, que nasce no distrito Cabeceira do Apa, em Ponta Porã, e percorre 447 km até desaguar no Rio Paraguai.
A Cachoeira do Apa é um dos atrativos mais procurados pelos turistas, especialmente no verão. A área da cachoeira oferece bancos de areia, uma espécie de praia para quem quiser dar um mergulho, e espaço de camping para montar barracas.
4 - Fuerte Olimpo (no lado paraguaio):
Distante 73 km de Porto Murtinho, o acesso é de barco pelo Rio Paraguai em um passeio que durante cerca de 2h. Fuerte Olimpo é uma cidadezinha do lado paraguaio, à margem direita do rio, que foi fundada em 1792 com o nome de Fuerte Borbon em homenagem aos reis da Espanha. Em 1823 passou a se chamar Furte Olimpo. Em relação a Assunção, capital paraguaia, a distância é de 480 km.
Se resolver ir até lá, melhor não esperar encontrar um centro de compras como Pedro Juan Caballero ou Ciudad del Este, por exemplo. Mas Fuerte Olimpo fica entre o Chaco e o Pantanal, e há muitos opções de turismo de aventura. Um dos atrativos da cidade são os três morros na área central, conhecidos por “Três Hermanos”, onde há uma escadaria de 535 degraus até um mirante para contemplação da natureza nos arredores que se perdem de vista.
5 - Morro Pão de Açúcar:
Com 550 metros de altura e mais alto do que o Morro Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, onde está o Cristo Redentor, o Morro Pão de Açúcar de Porto Murtinho tem acesso de barco pelo Rio Paraguai e trilhas pelo Pantanal do Nabileque.
Todo o acesso é uma verdadeira aventura, desde o trajeto de barco ou bote, depois a subida do morro com muitos obstáculos naturais e animais silvestres. O mirante do Morro Pão de Açúcar de Porto Murtinho tem visão panorâmica para você contemplar as belezas pantaneiras.
6 - Isla Margarita e a travessia de barco
Junto com Fuerte Olimpo e Carmelo Peralta, a Isla Margarita é uma das pequenas cidades do outro lado da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai em Porto Murtinho. Nada tem a ver com a caribenha Isla Margarita, na Venezuela, mas se estiver na região vale a pena ir até lá nem que seja apenas para conhecer a pequena cidade paraguaia.
A Isla Margarita paraguaia é um centro de compras de produtos importados, que fica de frente para Porto Murtinho, e a atração do passeio já começa pela travessia de barco pelo Rio Paraguai.
7 - Praça dos Tuiuiús:
É um verdadeiro centro de monumentos. Um deles é o Monumento ao Chalaneiro, uma embarcação com as figuras de três pessoas, uma delas, uma mulher em pé e remando. Homenageia o uso da chalana, muito usada ainda hoje no transporte de uma margem a outra no Rio Paraguai. No vai e vem no rio, a chalana garante o sustento de muitas famílias que vivem nos dois lados da fronteira.
A praça já é um monumento. O nome é uma homenagem ao tuiuiú, ave símbolo do Pantanal e do Chaco paraguaio, e se vai até lá é bom ir com tempo para contemplar e registrar sua selfie em todos os monumentos, porque cada um deles tem a sua importância histórica para a cidade, como o Monumento “O Pioneiro”, um carro de boi, meio de transporte de pessoas e produtos agrícolas no século passado, uma homenagem aos colonizadores de Porto Murtinho.