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Energia Solar: economia e sustentabilidade para o MS

Por Laerte Tetila (*) | 15/02/2013 17:00

Em tempos de recursos naturais escassos e diante da crescente preocupação com o aquecimento global,nada mais importante do que os investimentos em fontes renováveis de energia, como a solar. A transformação da luz solar em energia elétrica vem sendo apontada como um dos caminhos mais promissores no campo da geração e da segurança energética.

E não é para menos, cientistas e ambientalistas do mundo todo dão boas vindas à energia solar, por tê-la como uma fonte alternativa, limpa, renovável e inesgotável, como meio de substituir os efeitos indesejáveis dos combustíveis fósseis, como a elevação das temperaturas do planeta.

Essa é uma fonte preciosa de energia que vem abundante e graciosamente do céu. Uma fonte que vem ganhando destaque na mídia mundial. Captada através de painéis solares (fotovoltaicos), já disponíveis no comércio especializado, a energia solar, a partir de um conversor, é transformada em energia elétrica.

E com grande vantagem, pois, além de ecológica é de fácil instalação e manutenção, não envolve uso de turbinas, motores e outros sistemas mecânicos e ainda se aproveitam as linhas de transmissão já instaladas. Não se trata, pois, de onda passageira. A expansão da energia solar tornou-se irreversível.

Veio para ser a mais importante fonte de energia futura. Para se ter uma idéia, conforme a Agência Internacional de Energia, “a capacidade de geração energética solar cresce cerca de 40 por cento ao ano, desde o ano 2.000” e, nesse ritmo, tornar-se-á, seguramente, a fonte majoritária na composição da matriz energética do Brasil e do mundo.

Em nosso país, um cenário positivo começa a se desenhar. A partir de dezembro (17.12.12), conforme a resolução 482, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), quem instalar painéis fotovoltaicos em seu telhado e passar a gerar energia solar (residência, comércio, indústria, igrejas, prédios públicos), tanto no espaço urbano como no rural, poderá
receber a sua conta no final do mês pagando pouco ou nada pela energia gerada.

E o melhor: poderá ter créditos com a concessionária, caso produza além do consumo. Nesse caso, o “relógio de luz” girará ao contrário, produzindo créditos. Na prática, é o consumidor tornando-se um gerador de energia limpa, com direito à compensação que, além de economizar, estará contribuindo para reduzir os riscos de apagões no país. O Brasil ainda não produz painéis fotovoltaicos em escala comercial.

Por isso o seu custo embora permaneça ainda caro para os padrões brasileiros, vem caindo vertiginosamente, face a um mercado que, induzido pela explosão da fabricação chinesa, já se tornou competitivo. Conforme a revista “Valor Econômico” (julho/2012), a queda nos preços dos painéis foi de 70% nos últimos anos. Afinal, toda novidade que envolve tecnologia é cara, até que a produção em escala venha a reduzir os preços.

Em pouco tempo, com a concorrência internacional e com a produção brasileira em escala comercial prestes a acontecer, os painéis solares fotovoltaicos hão de estar revolucionando o Mato Grosso do Sul, o Brasil e o mundo, pois, se isso já acontece efetivamente na Europa, onde o sol pouco brilha, imagine em território sul-matogrossense, onde o sol brilha o ano todo.

(*) Laerte Tetila é geógrafo físico, mestre pela USP , deputado estadual pelo PT e membro da Comissão do Meio Ambiente na Assembléia Legislativa do MS.

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